GILMARA SANTOS – FOLHA DE SÃO PAULO
Os trabalhadores da MAN da unidade de Resende (RJ) rejeitaram nesta segunda-feira (8) proposta da empresa que prevê redução da jornada de trabalho, com corte proporcional de salários e reajuste zero para 2015, em troca de abono de R$ 2 mil.
A fabricante propõe ainda PDV (Plano de Demissão Voluntária) aos profissionais.
Para o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense, Bartolomeu Citeli, as propostas da MAN foram insatisfatórias.
“No ano passado, o mínimo de PLR era R$ 6 mil. Esse ano ofereceram R$ 2 mil. Queremos uma remuneração que garanta poder aquisitivo até o fim da crise. Não estou nem falando de reajuste. Isso poderia vir em forma de abono.”
Não reajustar os salários tem sido a forma encontrada pelas montadoras para tentar driblar a crise nas vendas, que recuaram 8,4% no acumulado deste ano.
Na semana passada, trabalhadores da Volkswagen em São Bernardo do Campo (Grande São Paulo) rejeitaram proposta apresentada em parceria com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC Paulista. O plano incluía o pagamento de um abono salarial de R$ 8,5 mil por ano em troca do congelamento dos salários em 2015 e 2016 e PDV para 2,1 mil pessoas.
Já os trabalhadores da Mercedes-Benz aceitaram ficar quatro anos seguidos sem aumento real. A compensação virá em uma negociação diferenciada de PLR.
A Fiat seguiu a convenção coletiva, que aprovou reajuste de 7% para quem ganha até R$ 6.240, de 6,59% acima disso, e abono de R$ 1.600.
Colaborou NICOLAS ANDRADE
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