Reunidos em Contagem/MG, no dia 21 de junho, representantes de trabalhadores em plantas da empresa no País discutiram as estratégias coletivas para negociação da Participação nos Lucros ou Resultados/PLR 2011 e encaminhamentos da rede.
Como apoio do Dieese, metalúrgicos de diversas plantas na ArcelorMittal debateram a PLR
Com o apoio do Sindicato dos Metalúrgicos de BH/Contagem, da Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM) e da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM), foi realizado um seminário para análise da PLR 2011 dos trabalhadores na ArcelorMittal.
O encontro ocorreu na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de BH/Contagem, em Contagem/MG, no dia 21 de junho de 2011. Com a assessoria do DIEESE de MG e das subseções do DIEESE na CNTM e CNM, foram debatidos, entre outros assuntos, o andamento das negociações de PLR em todas as plantas do grupo.
O evento contou com as participações do diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Coordenador da Rede ArcelorMittal na CNTM, Everaldo dos Santos, e de Wilton Gonçalves, diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de BH e Contagem e Coordenador da Rede ArcelorMittal na CNM.
No seminário estiveram presentes representantes sindicais das unidades de Osasco (SP), Piracicaba (SP), Ribeirão Pires (SP), BH/Contagem (MG), João Monlevade (MG), Juiz de Fora (MG), Sabará (MG), Vespasiano (MG) e Serra (ES). Durante os debates, foram feitas exposições pelos técnicos do DIEESE Roberto Anacleto, Regina Camargo e Rafael Serrao sobre os seguintes temas: panorama da siderúrgia mundial e nacional, indicadores contábeis e financeiros do Grupo ArcelorMittal Brasil e análise da proposta de PLR da ArcelorMittal para 2011.
Grupo reunido na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de BH/Contagem
A realização do seminário foi uma demanda apresentada pela rede de trabalhadores da AM no último encontro realizado nos dia 30 e 31 de maio em Osasco. Após as apresentações e discussões sobre a PLR 2011, foram deliberados alguns encaminhamentos para a retomada das negociações em cada unidade. Vale a pena esclarecer que não cabe às Redes de Trabalhadores a efetivação das negociações, portanto, em respeito à autonomia sindical, cabe aos sindicatos toda a responsabilidade legal durante o processo de negociação com a empresa.
A Rede dos Trabalhadores da ArcelorMittal vem sendo subsidiada com contribuições sobre estratégia sindical e negociação de PLR, entre outros temas, pelo representante da Federação Internacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (FITIM) no Brasil, Manuel Campos.
Organização em Redes Sindicais
A organização e consolidação de redes sindicais nas empresas multinacionais revelou-se um instrumento decisivo da política sindical global. As redes, cuja grande maioria foi criada no setor metalúrgico e químico, normalmente são compostas por representantes dos trabalhadores e dos sindicatos de diversas plantas do grupo.
Os objetivos principais são o intercâmbio de informações e de experiências entre trabalhadores(as), a cooperação solidária, o reforço da cooperação internacional dos sindicatos envolvidos e o planejamento de ações comuns, bem como a chance dos sindicatos nas empresas no exterior obterem acesso direto à direção do grupo, via de regra situada bem longe, através da rede.
No caso do setor metalúrgico, as redes mundiais são organizadas por sindicatos filiados à Federação Internacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (FITIM).
As redes de trabalhadores da FITIM estão organizadas da seguinte forma:
* Rede Mundial (Representantes de todos continentes de uma determinada multinacional).
* Rede Regional (Representantes do conjunto de países de um continente).
* Rede Local (Representação dos trabalhadores de um país).
ArcelorMittal é classificada como Metanacional
Durante o encontro foi apresentado pelos técnicos do Dieese um estudo sobre as metanacionais, nova forma de classificação global do qual, segundo estudos, atualmente o Grupo ArcelorMittal se enquadra. Segundo estudo do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), metanacionais são companhias preparadas para agir e pensar além das suas bases territoriais e nacionais e cuja estratégia está orientada pela combinação de fatores espalhados pelo mundo.
Neste sentido, os trabalhadores precisam fortalecer ainda mais o trabalho em rede para a compreensão dos impactos que podem ser sentidos a partir da adoção deste novo modelo pelas empresas globalmente.
Fontes: CNTM e CNM
Colaboração: Roberto Anacleto, DIEESE/CNTM
Edição: Val Gomes