Em 4 meses, geração de empregos no Brasil alcança patamar registrado em todo o ano passado. Com os 305.068 novos postos de trabalho gerados em abril, soma em 2010 chega a 962.327 novos empregos. Resultado é recorde para o mês e segundo maior da história
Foto: Renato Alves
Para Lupi, Brasil continuará crescendo
Brasília, 17/05/2010 – Em abril deste ano foram gerados no Brasil 305.068 novos postos de trabalho, recorde para o mês, recorde para o 1º quadrimestre e segunda melhor marca já registrada levando-se em conta todos os meses, somente atrás de junho de 2008 (309.442). Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego foram divulgados nesta terça-feira pelo ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi.
Somente em 2010, 962.327 trabalhadores brasileiros conseguiram emprego com carteira assinada, patamar semelhante ao alcançado em todo o ano de 2009. Nos últimos 12 meses, o incremento total de empregos foi de 1.908.983 postos de trabalho, elevação de 5,9%. Desde 2003, 12,7 milhões de pessoas entraram para o mercado formal de trabalho no país, recorde histórico. Com o resultado, o Brasil chega à marca de 41,4 milhões de brasileiros com emprego formal e direitos trabalhistas garantidos.
“Com base nos dados até agora, passo a prever que o Brasil vai gerar 2,5 milhões de novos empregos em 2010, ante aos 2 milhões previstos no início do ano. Ainda não estamos naquela escalada que muitos imaginam ser o pico. Ainda temos muito crescer, porque a capacidade de produção está em torno de 82%, índice igual ao de 2007. Houve muita contenção ano passado, e todo este acumulado está sendo reposto agora. Aliado a isso temos o crescimento natural, que já vinha sendo observado antes da crise econômica mundial”, avalia o ministro Lupi, que prevê para maio geração entre 240 e 280 mil novos postos de trabalho.
Ao falar sobre a relação entre o crescimento da geração de empregos e o crescimento econômico do país, Lupi afirmou que nenhum empresário contrata se não houver necessidade de produzir, e descartou a possibilidade de alguma inflação ser gerada pelo crescimento do emprego.
“Só há inflação se não houver produto, como diz a lei da oferta e procura. Neste momento os empresários estão contratando, e se estão contratando é porque estão aumentando a produção, e se estão aumentando a produção é porque a oferta está crescendo junto com a demanda. Sendo assim, não há porque inflacionar os preços. E, de mais a mais, os consumidores brasileiros estão conscientes na hora de gastar seu dinheiro, não vão aceitar aumentos de preços, vai substituir produtos. E os empresários sabem disso”, comentou Lupi.
Os setores que mais geraram empregos no mês foram Serviços (96.583), Indústria de Transformação (83.059), Comércio (40.725), Agricultura (38.951) e Construção Civil (38.418). Dos 25 subsetores da economia, 13 registraram recordes. As safras de cana-de-açúcar e café no Sudeste e os investimentos públicos em infraestrutura em todo o Brasil promoveram resultados recordes para Agricultura e Construção Civil.
Todas as regiões obtiveram expansão no emprego, com saldos recordes para Sul (53.363) e Centro-Oeste (31.498). Vinte e quatro estados apresentaram elevação no emprego formal celetista, com 12 deles registrando saldos recordes.
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