Por João Guilherme Vargas Netto
Com o aquecimento da economia, criação de empregos e procura de trabalhadores qualificados, obtenção de ganhos reais e uma sensação de “querer é poder”, é compreensível e explicável que aconteçam campanhas emergenciais para o aumento dos salários e benefícios.
É o que se passa hoje entre os metalúrgicos de Curitiba. Mobilizados, organizados e unidos pelo Sindicato – que saiu fortalecido e prestigiado na última campanha salarial – os trabalhadores da Renault entraram em greve para obter uma PLR de R$ 9 mil, semelhante à PLR paga na Ford de São Bernardo. Os metalúrgicos da Bosch exigem R$ 5 mil como valor mínimo garantido e pararam o trabalho para obter isto. Outras empresas também sofrem pressão do Sindicato e dos trabalhadores.
Há, em Curitiba, um clima de “quero o meu”, já que os diversos setores profissionais têm testemunhado um aumento firme e constante das encomendas, com lucros altos e consolidados das empresas em que trabalham.
O presidente do SMC (Sindicato dos trabalhadores), Sérgio Butka, valoriza o empenho de luta e a possibilidade da conquista, associando o ambiente combativo às comemorações dos 90 anos de existência do Sindicato, primeiro como associação e em seguida com a carta sindical.
O aniversário foi comemorado no último dia 16, na XV MetalFest, com 8 mil participantes no Clube de Campo do Sindicato, abrilhantado pelo cantor Netinho de Paula, tendo sido homenageados todos os sócios com 20 anos de sindicalização.
Butka reafirma: “Após conquistarmos em 2009 os melhores acordos da categoria no Brasil, nesse ano (2010) temos que intensificar a luta e fazer com que o bom momento econômico das montadoras e das demais empresas da categoria se reflita nos nossos acordos e nossas conquistas”.
Boas lutas para todos e muita unidade!
João Guilherme Vargas Netto é membro do corpo técnico do Diap e assessor sindical de várias entidades de trabalhadores