Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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Previdência privada: mulher é maioria

Jornal da Tarde

O porcentual de aumento de participação das mulheres nos planos de previdência privada superou, pela primeira vez, o dos homens. A constatação é de um estudo realizado pela empresa de previdência privada Brasilprev, que analisou o perfil dos seus 1,3 milhão de clientes ao longo dos últimos cinco anos.

A participação das investidoras nos planos de previdência cresceu 47% nos últimos cinco anos — de 380 mil para 580 mil. Os homens, por sua vez, aumentaram a participação em 33% (de 553,8 mil para 738 mil) entre o início de 2006 e o fim de 2010.

Vera Rita de Mello Ferreira, psicanalista especializada em finanças comportamentais, explica que, além do aumento da renda que estimula o início dos investimentos, há o fator instintivo das mulheres, o que torna investimentos de longo prazo e com baixo risco (como é o caso da previdência) mais atraentes para elas.

“Mulheres são mais conservadoras por natureza. Isso porque pensam no futuro. Elas, em geral, têm necessidade de constituir família. Querem casar e ter filhos”, explica.

Vera Rita também leva em conta o fator cultural: “As mulheres mais velhas não têm o mesmo acesso e interesse às informações do mercado financeiro.” Para a psicanalista, por isso elas optam por produtos mais ‘automáticos’ como a previdência.

O interesse no investimento de longo prazo também é detectado no estudo da Brasilprev. João Batista Mendes Angelo, superintendente de produtos da empresa, diz que 53,2% das clientes optaram pela tabela regressiva do Imposto de Renda – nessa modalidade, o porcentual de IR que incide sobre o investimento cai no decorrer do tempo.