Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

Notícias

Prévia da inflação oficial de setembro tem maior taxa em 12 meses desde 2005

O Globo

Daniel Haidar (daniel.haidar@oglobo.com.br)

RIO – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15), a prévia da inflação oficial do país, voltou a acelerar com alta de 0,53% em setembro, praticamente o dobro da variação de 0,27% em agosto, segundo dados divulgados nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi a maior expansão para esse mês desde 2003. Com isso, a taxa acumulada no ano subiu a 5,04%, bem acima do resultado de igual período do ano anterior (3,53%). Já a taxa acumulada em 12 meses subiu a 7,33%, a maior desde junho de 2005 quando esse indicador registrou 7,72%.

Alimentos e bebidas foi o grupo de produtos que exerceu a maior pressão para a alta do IPCA-15 em setembro, já que respondeu por 0,17 pontos percentuais da variação de 0,53%. A inflação de transportes teve a segunda maior contribuição com 0,13 pontos.

Vários alimentos ficaram mais caras em setembro, sendo os principais reajustes: açúcar cristal (4,72%) e refinado (4,59%), leite pasteurizado (2,64%), frango (2,51%), carnes (1,79%) e arroz (1,74%).

Mas foi a inflação das passagens aéreas que, individualmente, exerceu a maior pressão na alta do IPCA-15. Com aumento médio de 23,40% no mês, ante queda de 5,91% em agosto, a passagem aérea respondeu por 0,09 ponto percentual da variação de setembro.

Com a forte alta de preços em setembro, o IPCA-E (IPCA-15 acumulado nos meses de julho, agosto e setembro) chegou a 0,90%, bem acima do resultado de igual período de 2010 (0,17%).

Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados entre 13 de agosto e 13 de setembro, e comparados com aqueles vigentes de 14 de julho a 12 de agosto de 2011. O indicador calcula o aumento do custo de vida para famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA. A diferença está no período de coleta dos preços.