O presidente nacional da Força Sindical e da CNTM, Miguel Torres, defendeu a unidade do sindicalismo brasileiro e a apresentação de uma pauta unificada, em 2014, na abertura do Seminário Estadual de Formação Sindical, realizado nas dependências do Serviço Social do Comércio (SESC), de Contagem/MG, entre os dias 10 e 12 de dezembro.
Promovido pela Força Minas, presidida por Luiz Carlos Miranda, secretário de relações públicas da CNTM, evento segue até 12/12 e reúne sindicalistas de diferentes ramos de atividade.
Miguel Torres lembrou a importância do movimento sindical para a superação dos efeitos da crise econômica mundial no Brasil, quando as centrais e os sindicatos propuseram medidas de fortalecimento do mercado interno, que – ao ser adotadas pelo Governo Lula – deram ao País o fôlego que faltou para outras nações, inclusive as do chamado Primeiro Mundo. A quebra do sistema financeiro internacional teve início em outubro de 2008, a partir do desequilíbrio da economia norte-americana, que elevou a taxa de juros e provocou a inadimplência no pagamento das hipotecas de imóveis desvalorizados.
Torres destacou a política de valorização do salário mínimo, a partir de 2004, quando foram realizadas três marchas conjuntas em Brasília. Como resultado, o salário mínimo, que, em 2002, foi estabelecido em R$ 200,00, acumulou um ganho real de 70,49%, ao atingir o valor atual de R$ 678,00, vigente desde janeiro deste ano e que chegará ao piso de R$ 722,90, em janeiro de 2014, com mais 6,6% de elevação. A conquista também foi focalizada na exposição do consultor sindical João Guilherme Vargas Neto, presente no evento.
RESGATE – O presidente nacional da Força e da CNTM resgatou a expectativa do sindicalismo quanto à postura da presidente Dilma Rousseff, enquanto virtual continuadora da mesma política. Torres manifestou a contrariedade com a política de juros altos – prejudicial ao setor produtivo, ao comércio e à geração de postos de trabalho dignos – lembrando que as propostas dos trabalhadores para desenvolver o País estão contidas na “Agenda da Classe Trabalhadora”, aprovadas Conferência Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat), realizada em 1 de junho de 2010, Estádio Pacaembu, em São Paulo.
Miguel Torres voltou a criticar a postura da presidente da república ao lembrar o compromisso assumido por ela com as Centrais Sindicais de dar fim ao fator previdenciário, quando candidata em 2010, ressaltando tenacidade do deputado Paulinho da Força em aprovar a medida no Congresso Nacional.
O Seminário “Repensando o Movimento Sindical” aborda temas como “O Movimento Sindical Brasileiro”; Importância da Profissionalização”; Conjuntura Política e Econômica”; Desafios Políticos do Movimento Sindical”; “Liberdade e Autonomia Sindical”, e “Como a Revisão do Pacto Federativo pode Influenciar a Vida dos Trabalhadores”.
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