Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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Preços subiram, mas o quadro não é dramático!

Ao contrário do que tem sido veiculado na imprensa, a alta internacional dos preços dos alimentos é decorrente da crise do capitalismo e da especulação nas bolsas de mercadorias

Os trabalhadores estão preocupados com a aceleração dos índices inflacionários, porém, não acreditam que o problema seja tão grave a ponto de jogar por terra a estabilização econômica do Brasil. Mais do que isso: têm claro que os ganhos reais de salário tampouco vão provocar mais inflação. A disparada dos preços dos alimentos é decorrente da crise do capitalismo e da especulação internacional, que tem levado empresários a aplicarem dinheiro na compra de mercadorias a futuro.

Setores conservadores – De uma maneira geral, líderes sindicais atribuem a setores conservadores da sociedade o movimento de exagerar os problemas para tentar enfraquecer o governo, o movimento sindical e as forças populares e assim gerar um clima de instabilidade no país.

É claro que se teme uma disparada dos preços, pois a expectativa do próprio governo é que a inflação deverá ultrapassar os 6% em dezembro próximo. Alguns preços, como os da cesta básica têm aumentado bastante, segundo o Dieese.

Um milhão de empregos – Apesar dos aspectos negativos da conjuntura, o país gerou mais de um milhão de empregos com carteira assinada nos cinco primeiros meses de 2008, o melhor desempenho desde pelo menos 1992, quando o Ministério do Trabalho iniciou o levantamento.

Os salários apresentaram ganhos reais no primeiro semestre deste ano, apesar da aceleração da inflação e de um pequeno recuo, 1%, no rendimento médio dos trabalhadores de abril a maio.

Cai ritmo do crescimento – Além disso, a economia brasileira cresceu 5,8% no primeiro trimestre em comparação com mesmo período de 2007 e marcou a maior expansão nessa comparação desde 1996. É importante destacar que o consumo das famílias (6,6%) foi um dos grandes responsáveis pelo crescimento da economia.

“Estamos vendo que há um certo exagero, um alarmismo nas notícias e análises econômicas dos meios de comunicação”, enfatiza o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco, Jorge Nazareno, o Jorginho.