Entidades aprovam indicativo de paralisações
Os trabalhadores venceram o primeiro round da luta para garantir a contratação dos avulsos nos portos. A vitória, assegurada em acordo entre os Sindicatos e o terminal Embraport, foi obtida após ocupação de navio chinês, na manhã da segunda. A ocupação mobilizou 60 estivadores. Eles entraram no navio, interrompendo o descarregamento de guindastes fabricados na China e destinados a um terminal portuário privado. O manuseio do material não utilizaria mão de obra nacional.
MP – O pano de fundo da luta é a Medida Provisória 595, que altera das regras nos portos e, para os sindicalistas, fragiliza as relações de trabalho. Força e CTB, com apoio de várias Federações, combatem as medidas (elas querem manter o poder do Órgão Gestor de Mão de Obra nas contratações).
Juruna – A Agência Sindical entrevistou João Carlos Gonçalves (Juruna), secretário-geral da Força Sindical. Ele critica a forma unilateral com que o governo federal encaminhou as medidas referentes aos portos: “O governo ouviu apenas parte do empresariado. Os Sindicatos de Estivadores não foram consultados e vão resistir a mudanças lesivas aos trabalhadores”.
Segundo o dirigente forcista, só após a pressão dos trabalhadores e a ocupação do navio, em Santos, o governo abriu diálogo. Amanhã (21), avisa Juruna, deve ocorrer reunião em Brasília, com a ministra Gleisi Hofmman, da Casa Civil. Devem participar as três Federações da categoria e as Centrais Força, CUT e CTB.
Greve – Em plenária no final da tarde de ontem (19), as lideranças da categoria decidiram por greve: os portos ficarão parados nesta sexta (22), das 7 horas às 13 horas, e, terça (26), das 13 horas às 19 horas.
Mais informações:
www.fsindical.org.br, www.fnportuarios.org.br e www.federacaodosestivadores.org.br