“Nos anos 90, quando o Neoliberalismo se impunha ao sistema econômico, a PLR – Participação nos Lucros e/ou Resultados surgiram com força no meio sindical, como instrumento de aumentar a renda do trabalhador.
Naquele momento, as negociações de PLR foram muito criticadas. Alguns setores mais radicais do sindicalismo colocavam a Participação como uma flexibilização das leis trabalhistas. Afirmação que, com o tempo, provou ser um absurdo.
O discurso radical e teórico se desfez com números palpáveis. Atualmente a PLR tem um papel decisivo no orçamento da família metalúrgica. Vide o exemplo dos Metalúrgicos da Metalsa, em Osasco, que receberão R$ 6.000,00.
Além de ampliar a renda do trabalhador, há se que considerar também o impacto macroeconômico. Só para ter um parâmetro, os valores conquistados de PLR pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco injetaram, em 2011, R$ 48 milhões na economia.
Esses números reforçam que as políticas para implantação do pagamento da PLR estavam no caminho certo. O que antes foi duramente criticado e divulgado de modo distorcido, hoje, representa um forte instrumento de distribuição de renda aos trabalhadores”.
Por Cláudio Magrão
Presidente da Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo