Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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Perfil Clementino Vieira

Clementino Tomaz Vieira nasceu em Curitiba, no dia oito de fevereiro de 1963. Com três anos de idade foi morar na Vila Nossa Senhora da Luz dos Pinhais, primeiro conjunto habitacional do Brasil. Clementino cresceu no bairro que viria a se tornar o principal nicho das empresas metalúrgicas da capital paranaense: a Cidade Industrial de Curitiba (CIC).

A história de Clementino sempre foi ligada às suas raízes: a classe trabalhadora. Sempre acostumado com a simplicidade, esteve dia após dia em contato com o trabalhador.

Desde jovem se interessava pela metalurgia. Com 15 anos decidiu estudar para se tornar um torneiro mecânico. De 1977 a 1979, Clementino cursou mecânica geral no Senai. Nesta época trabalhou como estagiário para a empresa Case New Holland.

Depois do término do curso, enquanto trabalhava na empresa Nippondenso Compressores, conheceu e filiou-se do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba. Durante os anos 1986 e 1987 trabalhou como metalúrgico para a Bosch e em 1987 começou a trabalhar para a Hübner.

Em 1989 participou da eleição do sindicato e foi eleito suplente da diretoria. A partir de então começou a militar pelas causas dos trabalhadores. Como diretor de base do sindicato ajudava a informar os metalúrgicos da empresa Hübner sobre seus direitos.

Sua primeira participação em uma manifestação do sindicato foi em 1989, durante a mobilização sindical pela campanha do então candidato à presidência Luis Inácio Lula da Silva.

Após dois anos militando como diretor de base pelo sindicato, Clementino foi chamado para trabalhar mais intensamente com a entidade e em 1991 foi licenciado para trabalhar apenas no sindicato.

No ano de 1992 participou ativamente do Fora Collor, que resultou no impeachment do então presidente do Brasil. No mesmo ano, Clementino foi ferido gravemente durante a greve da empresa Producta. O evento ficou marcado na história do Paraná pela brutalidade com que a Polícia Militar atuou. Como conseqüência desta greve, Roberto Requião, que na época era governador do Paraná, baixou um decreto proibindo a polícia de atuar em qualquer movimento social ou trabalhista.

De lá para cá Clementino participou de vários eventos que visavam melhorar a qualidade de vida e lutar por melhores condições de trabalho para os trabalhadores do Paraná.

Em 1997 foi eleito secretário de formação profissional da Força Sindical do Paraná. Durante seu mandato foi criado o projeto de Qualificação dos profissionais de metalurgia. Com esta nova ferramenta de apoio os metalúrgicos participavam de cursos de qualificação gratuitamente aumentando sua capacidade de trabalho e seu conhecimento. O projeto segue até hoje.

A partir de 2002 o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba, intensificou a luta pela redução da jornada de trabalho e pela participação dos trabalhadores nos lucros das empresas contratantes. Hoje é a entidade é a que mais conquista acordos de Participação nos Lucros ou Resultados (PLR) em todo o Brasil.

Uma das principais bandeiras do sindicato é a luta pela redução da jornada de trabalho. Apesar de já ter conquistado o benefício para mais de 35 mil metalúrgicos, esta continua sendo uma das maiores lutas do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba.

Em 2005 o trabalho de Clementino é reconhecido nacionalmente. Neste ano o líder sindical metalúrgico é eleito para o cargo de secretário de finanças da Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos – CNTM, a maior confederação de trabalhadores do Brasil.

No ano de 2008, Clementino é uma das principais lideranças sindicais do País a militar na Campanha Nacional pela Redução da Jornada de Trabalho para 40 Horas Semanais sem Redução Salarial. A medida vai gerar 147 mil novos empregos no Paraná e 2,2 milhões no Brasil.

Atualmente, já como vice-presidente da CNTM, tem viajado por todas as regiões do País para debater com os dirigentes das Federações e Sindicatos dos Metalúrgicos filiados à Confederação o atual momento econômico, os resultados das recentes campanhas salariais e as necessidades regionais e as reivindicações da categoria metalúrgica.

O objetivo do líder sindical é fortalecer a categoria em todo o País, organizar a próxima eleição para a diretoria da CNTM, prevista para o início de 2009, e apresentar seu nome como candidato a presidente da entidade.