O partido sofreu dificuldades nestas eleições. O deputado Brizola Neto (RJ), neto do fundador do partido, não foi reeleito. A votação do presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, ficou aquém da expectativa de 500 mil votos. Paulinho foi o terceiro deputado federal mais votado em 2010 em São Paulo, com 267 mil votos. Recebeu, no entanto, 20 mil votos a menos do que na eleição de 2006. “Internamente [na Força Sindical], a gente recebeu muito mal [a votação]. Nas ruas, as pessoas acham que recebi muitos votos porque foram 267 mil que votaram em mim, mas uma coisa é o que o povo vê e outra é como as coisas funcionam. Minha votação foi muito ruim. Nunca mais serei candidato a deputado federal”, disse Paulinho.
Fundado para defender os ideais do trabalhismo com tradição na abordagem do tema da educação, tornou-se um dos mais heterogêneos do Congresso enquanto se apoiava no governo Luiz Inácio Lula da Silva para não ficar isolado.
Na nova bancada, há desde o político profissional, como Miro Teixeira (RJ), sindicalista, empresários, funcionários públicos, profissionais liberais e ruralistas, como o novato Oziel Oliveira (BA). O partido abriu espaço para o político fiscalizador, caso do economista José Antônio Reguffe, eleito no Distrito Federal. Reguffe ganhou popularidade por sua atuação contra os escândalos do governo do Distrito Federal e obteve o maior percentual dos votos válidos para o cargo de deputado federal em todo o país, de 18,95%. Uma de suas promessas é devolver parte da verba de gabinete que receberá como deputado a partir do ano que vem.
No Distrito Federal, o partido conseguiu reeleger o senador Cristovam Buarque, que será colega do ex-procurador Pedro Taques, uma surpresa destas eleições. Com 24,58% dos votos válidos do Mato Grosso, Taques nunca tinha disputado uuma eleição antes e conseguiu derrotar políticos experientes, como o deputado federal Carlos Abicalil (PT) e o ex-senador Antero Paes de Barros (PSDB). (Colaborou João Villaverde)