Em assembleia na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, nesta quinta, 10 de setembro, os trabalhadores aprovaram a pauta com 184 itens que será entregue aos grupos patronais para o início das negociações. Com data-base em 1º de novembro, a Campanha Salarial 2020 é unificada com os demais sindicatos filiados à Federação dos Metalúrgicos, representando em torno de 800 mil metalúrgicos no Estado de SP.
A assembleia foi coordenada pelo presidente do Sindicato, Miguel Torres, e pelo secretário-geral, Jorge Carlos de Morais, o Arakém, com apoio da diretoria, assistentes e funcionários, com todos os cuidados de prevenção à covid-19 e um minuto de silêncio em memória dos diretores Uélio e Tito, do assistente Nataniel e do companheiro Gilberto, dirigente metalúrgico de Piracicaba.
O Sindicato defende as conquistas e os direitos da Convenção Coletiva de Trabalho, que são superiores à legislação, e um reajuste digno para a categoria, em reconhecimento ao esforço de quem produziu, mesmo correndo os riscos da pandemia, garantindo poder de compra aos salários diante do atual quadro de inflação dos alimentos e demais produtos básicos e permitindo que a família metalúrgica tenha segurança financeira para colocar em prática seus projetos de vida.
Ao todo são 184 reivindicações. Confira algumas:
Reajuste salarial.
Aumento real de salário.
Piso salarial acima da inflação.
Cesta básica ou vale-compra.
Adicional noturno.
Contra o assédio moral e sexual.
Amamentação.
Auxílio creche.
Compromisso com o meio ambiente.
Contratação de empregado com deficiência.
Delegado sindical.
Fornecimento de documentos previdenciários.
Garantia à empregada que sofrer aborto.
Garantia ao empregado por doença.
Garantia ao empregado em vias de aposentadoria.
Contribuição assistencial de até 1% da remuneração anual.
Garantia ao empregado vítima de acidente de trabalho e doença profissional.
Garantia à empregada em situação de violência.
Homologações das rescisões contratuais.
Horas extraordinárias.
Licença em caso de aborto.
Licença maternidade e para a empregada adotante.
Mão de obra temporária.
Medidas de proteção.
Participação nos Lucros ou Resultados.
Programa de prevenção de riscos ambientais.
Promoções.
Contra a terceirização.
Transporte e alimentação.
Manutenção das cláusulas sociais.
Outras lutas
Miguel Torres, que também preside a Força Sindical e a CNTM, falou ainda sobre a campanha nacional de coletas de assinaturas pela manutenção do auxílio emergencial de R$ 600 até dezembro, a importância do movimento sindical nas lutas por emprego, renda, direitos e saúde da classe trabalhadora e as eleições municipais deste ano.
“Precisamos agir com consciência de classe e usar nosso direito de votar para a eleição de parlamentares e governantes que tenham compromissos trabalhistas e sociais e propostas progressistas pela retomada do desenvolvimento, pela cidadania e pela justiça social”, diz Miguel Torres.
Por Val Gomes
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