Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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Parcelas do consignado podem ser reduzidas


Daniela Ortega e Bruno Saia

Trabalhadores que participaram de acordos de flexibilização de jornada de trabalho e que fizeram empréstimos consignados (com desconto em folha) terão uma redução nas parcelas a serem pagas.

A medida faz parte de um acordo da Febraban (federação de bancos) com a Força Sindical que será assinado hoje e beneficiará quem teve redução de jornada e salário.

Segundo a Força Sindical, a redução da parcela será feita na mesma proporção do corte na remuneração do empregado. Ou seja, se o salário do trabalhador tiver redução de 20%, a parcela do consignado será 20% mais baixa.

De acordo com o presidente da Força, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, o acordo, que passa a valer a partir da hoje, não é exclusivo para sindicatos ligados ao sindicato. “Trabalhadores que pertencem a entidades ligadas à CUT ou ao PSTU, por exemplo, também poderão pedir a redução.”

Um trabalhador que tem desconto mensal de R$ 100 em folha, por exemplo, e que passou a receber 20% a menos por mês, terá a parcela reduzida para R$ 80. A diminuição valerá pelo mesmo período do acordo coletivo, e os valores que deixarem de ser pagos (no caso do exemplo, R$ 20 por mês), serão acrescidos ao final do parcelamento.

Segundo o acordo, sempre que houver suspensão do contrato ou redução da jornada, a empresa deverá enviar ao banco responsável pelos empréstimos os nomes dos afetados pela medida e os respectivos valores descontados em folha. Mas a redução da parcela não será automática. O empregado que quiser o benefício deverá procurar diretamente o banco para fazer as mudanças nos valores das prestações e no prazo final de pagamento do empréstimo.

Miguel Torres, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Mogi das Cruzes e região, diz que a medida “pode ajudar o trabalhador nessa hora difícil”. Quem já teve a jornada e o salário reduzidos também poderá pedir o benefício.

Segundo o sindicato, até agora foram feitos 24 acordos de flexibilização para preservar 16.300 mil empregos.