Valor Econômico
Depois de mais de uma semana de expectativa quanto à notificação do Tribunal Regional Federal, ontem foi oficializada a determinação da Justiça, que mandou suspender a construção da maior usina do Brasil sob alegação de que os índios da região do rio Xingu, no Pará, devem ser consultados pelo Congresso Nacional a respeito do impacto do projeto. Desde a manhã de ontem, ninguém mais trabalhava nos canteiros de obra. Ao todo, o empreendimento já soma mais de 13 mil funcionários. Destes, 10,5 mil são contratados diretamente pelo consórcio construtor de Belo Monte (CCBM), liderado pela construtora Andrade Gutierrez. Os demais 3 mil empregados são de empresas terceirizadas. Na noite de ontem, a diretoria da Norte Energia, consórcio responsável pelo empreendimento, ainda analisava um meio de tentar reverter o mais rápido possível a paralisação da hidrelétrica. A decisão de parar as obras é do desembargador federal Souza Prudente, que se baseou na Constituição brasileira e na legislação da Organização Internacional do Trabalho (OIT) para pedir o impedimento da obra.