Não se trata de emendar ou maquiar. A força do Dia Nacional de Protestos, em todo o País, recomenda que o governo retire os projetos de reforma da Previdência, trabalhista e terceirização.
A avaliação é de Miguel Torres, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, da Confederação da categoria (CNTM) e dirigente da Força Sindical.
“O repúdio dos trabalhadores cresceu para outros setores da sociedade, que perceberam o tamanho das agressões. Entendo que a retirada dos projetos criaria um ambiente para o debate e a construção de alternativas”, afirma Miguel. Ele ressalva, no entanto, que não pode haver pressa. “Sem passar o trator ou atropelar no Congresso”, observa.
A força nacional e o impacto nas categorias profissionais (condutores, professores, metalúrgicos, químicos, construção civil, alimentação, metroviários etc.), segundo o líder metalúrgico, colocam no horizonte próximo o sinal da greve geral. “O que era cogitação passa a ter chances concretas de acontecer”, argumenta.
Pressão – Para Miguel Torres, cabe agora ao sindicalismo manter a pressão e mobilização, sob várias formas. Ele cita os Eletricitários de SP, que vão instalar barraca em pontos de concentração popular.
Ainda sobre os ecos do protesto do dia 15 – contra as reformas neoliberais de Temer – Miguel diz: “As vozes das ruas falaram em alto e bom som, dizendo não às reformas e por nenhum direito a menos. Os políticos que abram seus ouvidos”.
Avaliações dos organizadores apontam que as manifestações reuniram cerca de um milhão de pessoas em todo o Brasil.