Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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Para a Vale, as perdas ficaram em 12,14% (PNA) e 12,2% (ON)

Quem aplicou o FGTS em ações precisa de sangue-frio. No ano, as ações ON da Vale têm perdas de 42,60%, e as ON da Petrobras, de 24,36%.

Dólar encosta em R$ 2, após alta de 6,2%

DA REPORTAGEM LOCAL

O dólar encostou em R$ 2 ontem. O aprofundamento das incertezas e dos temores que tomaram o mercado internacional levaram o dólar a ser negociado a R$ 1,99 na máxima. Apesar de haver se afastado desse teto, a moeda americana encerrou com apreciação de 6,21%, cotada a R$ 1,966. Essa foi a maior cotação em um ano.

Após sofrer uma de suas mais pesadas valorizações em um dia desde janeiro de 1999, quando o governo brasileiro, pressionado pela crise cambial, decidiu liberar as cotações da moeda, o dólar passou agora a registrar alta mensal de 20,24% diante do real.

“A reprovação do pacote americano fez com que o mercado tivesse um dia caótico. Na semana passada, já começaram a aparecer empresas, como a Sadia, com problemas decorrentes da apreciação cambial. Não surpreenderá se novos casos surgirem nos próximos dias”, afirma João Medeiros, diretor da corretora de câmbio Pioneer.

“Como a pressão deve continuar, não está difícil de o dólar romper os R$ 2 em poucos dias”, diz.

O mercado de câmbio tem refletido o desaparecimento das linhas de financiamento destinadas especialmente aos exportadores. Sem essa oferta de crédito, o que se tem visto é um aumento na procura por moeda estrangeira. Como a procura por dólares cresce e a oferta não aumenta, a pressão sobre as cotações é inevitável.

Sem uma melhora no cenário internacional, fica difícil de o real voltar a se apreciar. No começo de agosto, US$ 1 valia cerca de R$ 1,56.

“O que presenciamos hoje [ontem] foram os investidores saindo do plano racional para o emocional”, afirma o economista Alex Agostini, da consultoria Austin Rating. “As empresas têm encontrado dificuldades muito maiores para conseguir crédito, encontrando exigências maiores e prazos mais apertados.”

O Banco Central renovou ontem apenas 25% de um total de US$ 2 bilhões em contratos do chamado “swap cambial reverso” que vencem amanhã. Esses contratos de “swap reverso” são acordos em que os bancos que participam da operação se comprometem a pagar ao BC toda a variação do dólar que ocorrer em determinado período. Por suas características, a transação equivale a uma compra de dólares no mercado.

No dia tenso, as taxas futuras de juros terminaram pressionadas na BM&F. No contrato DI (Depósito Interfinanceiro) que tem vencimento programado para janeiro de 2010, a taxa se elevou de 14,66% para 14,71% anuais. As taxas futuras não tiveram valorização mais expressiva, pois, em meio à queda da oferta de crédito, analistas já contam com a possibilidade de o Banco Central interromper antes do previsto o atual ciclo de alta da taxa Selic.

Colaborou a Sucursal de Brasília