Eduardo Metroviche
Um panelaço em frente à Petrobras foi a forma dos metalúrgicos da MRC chamarem a atenção para a falta de respeito, de diálogo e as irregularidades existentes na empresa. O protesto aconteceu na segunda-feira, 26, em frente ao escritório da Petrobras, na Avenida Paulista.
A MRC fornece e faz manutenção de contêineres para a Petrobras. Desde o último dia 12 os trabalhadores estão em greve por uma série de reivindicações, entre as quais o fim da obrigatoriedade de horas extras, pela melhoria dos alojamentos (oferecidos pela empresa aos trabalhadores que prestam serviço nas obras da Petrobras) e cesta básica.
O protesto foi o jeito escolhido de pressionar a MRC a finalmente dialogar com os trabalhadores, já que a empresa faltou à mesa redonda no Ministério do Trabalho, marcada para o último dia 20. Também aconteceu às vésperas de uma audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região. “A expectativa é que, ao envolver a Petrobras, a MRC finalmente mude de postura, dialogue com a gente”, explica o diretor do Sindicato, Gilberto Almazan.
Os representantes da Petrobras se prontificaram em averiguar as irregularidades denunciadas pelos trabalhadores. “O que for objetivo a gente vai em cima. Entregaram [a MRC] toda a documentação. Agora, a gente vai voltar a essa documentação e ver se é isso mesmo”, afirmou o gerente do núcleo de serviços da Petrobras, Siozo Kanamaru.
Além de tornar pública a postura da MRC, o Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região procurou chamar a atenção da Petrobras para o fato de que um de seus fornecedores compromete o alcance de um dos objetivos da política de responsabilidade social da própria estatal: “Respeitar e apoiar os direitos humanos reconhecidos internacionalmente, pautando as ações do Sistema Petrobras a partir da promoção dos princípios do trabalho decente e da não discriminação”.
Pauta – Os trabalhadores reivindicam pagamento de Participação nos Lucros e Resultados (PLR), convênio médico, cesta-básica, estrutura de cargos e salários, fim horas extras obrigatorias, redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, eleição de delegado sindical, pagamento de insalubridade e melhoria de alojamento.
Por Cristiane Alves
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