“Neste início de segundo mandato, a presidente Dilma deixou claro que só os trabalhadores podem salvar a economia.
Ela vetou a correção de 6,5% da tabela do Imposto de Renda, baixando o reajuste pra 4,5%, aumentando o peso do imposto sobre os salários e reduzindo seu poder de compra.
Baixou também duas medidas provisórias que cortam direitos trabalhistas e benefícios, com objetivo de economizar R$ 18 bilhões por ano. Aumentou o IOF do crediário (recurso utilizado pela população de mais baixa renda) para coibir o consumo. Aumentou o preço dos combustíveis, que vai refletir no custo dos transportes e mercadorias.
E a previsão é de que na quarta-feira, 21 de janeiro, haveria um novo aumento na taxa dos juros básicos da economia.
É a política Robin Hood às avessas. É a promoção do aumento das desigualdades para encher o saco sem fundo do governo, que se mostra incompetente para administrar as suas contas e controlar seus gastos e, agora que está no vermelho, quer fazer caixa tirando justamente de quem produz, ganha salário base e depende de benefícios de valores irrisórios para sobreviver.
Os trabalhadores estão pagando por todas as contrapartidas que o governo federal não exigiu dos que receberam vultosos subsídios nos últimos anos e das grandes fortunas que não pagam impostos e continuam acumulando riqueza”.
Miguel Torres
Presidente da CNTM, Força Sindical e Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes