Consciente da importância de ter aumento de salário, a categoria metalúrgica entendeu que intimidar-se diante das ameaças de setores patronais conservadores só piora a situação dos trabalhadores, e foi à luta, se mobilizou junto com o Sindicato e deu uma demonstração de união e força. No primeiro semestre do ano, apenas 37% das categorias alcançaram a reposição das perdas pela inflação, segundo o Dieese. Isso, porém, não tira o mérito da luta de nenhuma delas. Toda conquista é importante.
Além do reajuste, garantimos a renovação das cláusulas sociais da Convenção Coletiva de Trabalho, que são tão importantes quanto a valorização dos salários, pois tratam de condições de trabalho, garantia de emprego aos acidentados e portadores de doenças profissionais, aos que estão próximos da aposentadoria, entre outras.
Não fechamos acordo com todos os grupos patronais porque alguns estão intransigentes e querem revogar cláusulas da convenção coletiva e não enxergam que trabalhador com dinheiro no bolso não faz aplicação financeira, ele consome, compra, e isso ajuda a movimentar o comércio e a produção.
Mas a mobilização continua, sobretudo nas empresas dos grupos patronais que não fizeram acordo e dos patrões que influenciam na mesa de negociação.
Parabéns aos trabalhadores e trabalhadoras que se mobilizaram e continuam se mobilizando nas fábricas, participaram das assembleias regionais organizadas pelo Sindicato e da assembleia decisiva no dia 4.
Mesmo que muitos não queiram, o movimento sindical organizado segue firme na luta em defesa dos direitos dos trabalhadores. Nossa força está na união, na coletividade, na busca permanente por justiça social.
Miguel Torres
Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes e da Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM) e vice-presidente da Força Sindical
Artigo publicado no jornal Diário de S. Paulo – edição de 9 de novembro de 201Uma conquista importante
“Em uma assembleia bastante participativa e representativa, os metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes aprovaram as propostas de acordo de quatro grupos patronais, que garantem reajuste salarial com base na inflação integral do período, correção dos pisos pelo mesmo índice e abono.
É uma conquista importante, diante do tamanho da recessão que está solapando a produção, provocando desemprego, paralisando a economia e que boa parte do setor empresarial investe para tirar ainda mais direitos dos trabalhadores e tentar enfraquecer os sindicatos.
Consciente da importância de ter aumento de salário, a categoria metalúrgica entendeu que intimidar-se diante das ameaças de setores patronais conservadores só piora a situação dos trabalhadores, e foi à luta, se mobilizou junto com o Sindicato e deu uma demonstração de união e força.
No primeiro semestre do ano, apenas 37% das categorias alcançaram a reposição das perdas pela inflação, segundo o Dieese. Isso, porém, não tira o mérito da luta de nenhuma delas. Toda conquista é importante.
Além do reajuste, garantimos a renovação das cláusulas sociais da Convenção Coletiva de Trabalho, que são tão importantes quanto a valorização dos salários, pois tratam de condições de trabalho, garantia de emprego aos acidentados e portadores de doenças profissionais, aos que estão próximos da aposentadoria, entre outras.
Não fechamos acordo com todos os grupos patronais porque alguns estão intransigentes e querem revogar cláusulas da convenção coletiva e não enxergam que trabalhador com dinheiro no bolso não faz aplicação financeira, ele consome, compra, e isso ajuda a movimentar o comércio e a produção.
Mas a mobilização continua, sobretudo nas empresas dos grupos patronais que não fizeram acordo e dos patrões que influenciam na mesa de negociação.
Parabéns aos trabalhadores e trabalhadoras que se mobilizaram e continuam se mobilizando nas fábricas, participaram das assembleias regionais organizadas pelo Sindicato e da assembleia decisiva no dia 4.
Mesmo que muitos não queiram, o movimento sindical organizado segue firme na luta em defesa dos direitos dos trabalhadores. Nossa força está na união, na coletividade, na busca permanente por justiça social.
Miguel Torres
Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes e da Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM) e vice-presidente da Força Sindical
Artigo publicado no jornal Diário de S. Paulo
edição de 9 de novembro de 2016