“Independentemente da decisão final do Congresso Nacional em relação ao processo de impeachment e de quem estará na Presidência da República – se Dilma ou Temer – o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes e a CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos) não admitirão que os trabalhadores continuem sendo penalizados em função da crise econômica e política com perda de direitos, emprego e renda e reforma da Previdência Social que tire mais direitos.
Também não aceitaremos qualquer mudança na CLT, sinônimo de corte de direitos e benefícios, como justificativa para o aumento das contratações, conforme pregam setores empresariais, ruralistas, financeiro.
Os trabalhadores sempre deram a sua contribuição para o desenvolvimento do Brasil e foram duramente penalizados pelo ajuste fiscal, com restrição no seguro-desemprego, PIS, pensão por morte, enquanto juros e inflação permanecem abusivos inviabilizando os empréstimos, a produção e os investimentos. É preciso tirar este peso das costas dos trabalhadores.
Queremos a devolução dos cerca de 10 milhões de empregos perdidos nos últimos meses; a correção da tabela do Imposto de Renda; taxação das grandes fortunas, de aviões, helicópteros, lanchas, da remessa de lucros para o exterior; mecanismos efetivos para frear a evasão de divisas; a redução dos juros, políticas públicas de saneamento básico, educação, habitação, saúde, transporte e tantos outros direitos básicos.
Esta é a nossa Pauta, uma pauta pelo desenvolvimento com crescimento econômico e sustentável. Uma pauta que tem propostas concretas para a retomada da produção, como o Programa de Renovação da Frota de Veículos e o documento Compromisso pelo Desenvolvimento, já apresentados aos governos federal e estaduais.
O Sindicato e a CNTM vão intensificar a luta nas ruas, nas portas de fábrica e no Congresso Nacional e buscar a unidade junto a outras categorias profissionais em defesa dos direitos e dos empregos, sem os quais não há desenvolvimento”.
Miguel Torres
Presidente do Sindicato, da CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos) e vice-presidente da Força Sindical