Mais uma vez a equipe econômica do governo deixou escapar, por entre os dedos, uma oportunidade de ouro para amenizar a crise econômica que assola nosso País.
A decisão tomada pelo Copom (Comitê de Política Monetária), contrariando quaisquer expectativas, de manter, após sete aumentos consecutivos, a taxa básica de juros (Selic) nos atuais 14,25% ao ano, foi um banho de água fria na atividade econômica, que seguirá estagnada ou recuará ainda mais, fechando novas empresas e postos de trabalho. Mas o setor financeiro, este sim, deverá continuar recebendo os privilégios que, há tempos, vem conseguindo.
A teimosia e a insensibilidade do governo em manter os juros em patamares proibitivos extrapolaram, em muito, o limite do aceitável. Insistir naquilo que, comprovadamente, não vem trazendo resultados – a inflação e a crise estão aí, cada vez mais robustas –, é evidenciar o descaso a que os trabalhadores e a sociedade como um todo vêm sendo submetidos.
A Força Sindical quer a preservação dos empregos e das empresas. Queremos que medidas visando a retomada do crescimento econômico sejam adotadas. A produção e o consumo têm de ser estimulados, e o excesso de conservadorismo com o qual o governo vem tratando a questão dos juros tem de ter um fim. Nossa luta é por juros menores e por um Brasil cada vez maior!
Miguel Torres
presidente da CNTM, Força Sindical