“Neste 30 de março encerramos o Março Mulher, mês em que celebramos o Dia Internacional da Mulher – comemorado no dia 8 – enaltecendo a luta das mulheres pela igualdade, suas conquistas no trabalho, na vida social e política, contra a violência e sua jornada lado a lado com os homens, sejam eles maridos, companheiros, filhos, colegas de trabalho, colegas políticos e sindicalistas.
Para marcar o encerramento desta jornada, fizemos uma caminhada do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, na Liberdade, até a Superintendência do INSS, no viaduto Santa Ifigênia, região central de São Paulo.
Segundo a Pnad, a mulher começou a intensificar a sua atuação na atividade econômica na década de 70 e não parou mais. Nessa década, a maioria era jovem, solteira e pouco escolarizada. Na década de 1980, as mulheres com idade acima de 25 anos, chefes e cônjuges, com níveis mais elevados de instrução e nível de renda não muito baixo, foram as que mais aumentaram sua participação no trabalho remunerado. Com a intensificação dessa participação, cresceu o número de domicílios com mulher trabalhando fora e a percentagem de famílias chefiadas por mulheres.
Sua luta exige respeito. A mulher contribuiu no processo de democratização do País, ganhou autonomia para poder decidir sobre quando ter ou não filhos, é protagonista nas lutas por creche,seu nível médio de instrução é superior ao dos homens no mercado de trabalho, entre outras conquistas.
Elas, contudo, continuam sendo responsáveis pelos afazeres domésticos – a maioria dos homens não compartilha as tarefas do lar -, e ganhando menos que eles, em torno de 25%, segundo a OIT.
Essas disparidades estãorelacionadas com a subavaliação do trabalho realizado pelas mulheres e das competências exigidas nos setores ou profissões de predominância feminina, práticas discriminatórias e com o fato de as mulheres fazerem pausas na carreira para poderem assegurar as responsabilidades adicionais como, por exemplo, após o nascimento do filho.
As mulheres, porém, não desanimam. Estão em constante movimento e avançando na sua luta.Parabéns a elas!
Miguel Torres
Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes e da CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos) e vice-presidente da Força Sindical