![Miguel Torres, presidente em exercício da Força Sindical](http://www.fsindical.org.br/portal/img/miguel_torres.jpg)
Desde o início da crise financeira internacional no final de 2008, alertávamos o governo federal sobre a necessidade de sua equipe econômica lançar mão de estímulos ao consumo para recuperar a economia rapidamente e assim salvar os empregos.
Ao mesmo tempo, porém, apontávamos que o Brasil precisava crescer de forma sustentável. E que para isso políticas de curto prazo não eram suficientes. Precisávamos de ações de longo prazo, como o investimento.
Por parte do governo, recursos maciços na educação, saúde, moradia, infraestrutura básica e em tecnologia, entre outros. Dos empresários, nossa sugestão sempre foi que eles tivessem acesso a linhas de financiamento de longo prazo a juros muito baixos.
Assim, é possível imaginar um cenário em que a economia cresce sem inflação porque os investimentos empresariais foram destinados para a construção e ampliação das fábricas, além do simples aumento da produção.
Além disso, o Brasil tem de ter outra postura em relação ao superávit primário. Ao invés de utilizar os recursos para pagar juros, deveria direcionar o dinheiro para investimento na produção e na geração de emprego.
Apesar do alerta, a área econômica limitou-se a atuar no curto prazo. Por isso, o tímido crescimento do Produto Interno Bruto de 0,8% no primeiro trimestre deste ano não surpreendeu os trabalhadores.
A queda foi grande e não esperávamos nada melhor, apesar de o governo ter lançado mão de um novo pacote de estímulos fiscais e de crédito para aumentar o consumo, como corte de impostos, redução da Selic e diminuição dos juros dos bancos oficiais e privados.
Miguel Torres, presidente em exercício da Força Sindical e presidente da CNTM