A indústria nacional começou 2015 com queda vertiginosa na produção, no emprego e no faturamento. E, para aumentar nossa inquietação, ela continua despencando.
Pesquisa realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), e divulgada no último dia 2, aponta que todos os 26 segmentos industriais analisados apresentaram queda generalizada, com um recuo de 6,6% de janeiro a julho, o maior tombo desde 2009, quando a atividade industrial encolheu 7,1%. Somente a indústria automotiva acumula queda de 20,2% na produção deste ano, o maior impacto entre os ramos pesquisados. E tudo em consequência da falta de uma estratégia objetiva e clara para a economia.
Para agravar ainda mais o quadro econômico pelo qual atravessamos, o Brasil teve cortada sua nota de crédito, perdendo, assim, seu grau de investimento – uma espécie de selo de bom pagador –, o que poderá acarretar nos aumentos dos juros pagos pelo País e do risco de fuga dos investidores.
O governo tem de fazer alguma coisa para que este cenário recessivo seja modificado. Inflação e juros altos, crédito caro, desindustrialização e desemprego só servem para empurrar o País ladeira abaixo. Está na hora da virada!
Miguel Torres
presidente da CNTM e da Força Sindical