Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

Palavra do Presidente

Encolhimento da indústria revela incompetência e erros econômicos do governo

“A informação de que indústria brasileira encolheu em média 0,3% ao ano desde 2011, de acordo com dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), é estarrecedora para os trabalhadores. Infelizmente, os dados ainda revelem que a indústria no governo Dilma tem o pior desempenho desde o governo Collor.

Diante desse problema, o governo deve, no mínimo, demitir o Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, bem como determinar mudanças urgentes na política industrial do País. A incompetência do ministro resultou nesse índice alarmante e que traz inúmeras preocupações para o setor produtivo, que gera emprego e renda.

O déficit da indústria corrobora o que já era visível ao longo de 2013 no chão de fábrica: a indústria brasileira está cambaleando. Vale ressaltar que há anos somos críticos dessa postura governamental, resultado da falta de planejamento estratégico, de investimento e de incentivos que melhorem a competitividade e o nosso parque industrial.

O encolhimento do setor industrial afetará a capacidade de consumo dos trabalhadores e terá impacto sobre a expansão sustentável do emprego no comércio e serviços. Temos cobrado medidas contra a desindustrialização do Brasil e em favor da geração de empregos de qualidade, mas, diante do descaso do governo, o problema continua colocando em risco a nossa produção industrial e os postos de trabalho.

O resultado dessa política nefasta é a redução do poder aquisitivo dos trabalhadores da indústria e o aumento do desemprego nas cadeias produtivas industriais. Essa situação é ruim para os trabalhadores porque na indústria da transformação estão localizados os empregos formais e de qualidade, que, historicamente, pagam os maiores  salários.

O governo precisa ouvir o movimento sindical, mudar os rumos da política econômica e baixar os juros, apostando em investimento produtivo, construção de unidades fabris, novas tecnologias e qualificação dos trabalhadores”.

Miguel Torres – presidente da Força Sindical/CNTM