“Dados alarmantes aferidos pelo Ministério do Trabalho e Emprego nos dão conta de que, apenas nos setores ligados à indústria automotiva, 38,7 mil postos de trabalho foram fechados apenas no 1º semestre de 2015.
Segundo levantamento anterior, elaborado pelo Dieese e também com base no 1º semestre, o País perdeu 389,5 mil empregos formais.
E foi justamente contra este cenário caótico pelo qual estamos atravessando que a Força Sindical, a CGTB e a UGT, além da Abimaq, representando o patronal, realizaram, nesta 5ª feira, o protesto “Grito em Defesa da Indústria e do Emprego”, ato que reuniu cinco mil pessoas na Av. Paulista, no intuito de unir forças e pressionar o governo a tomar medidas emergenciais para resolver a crise econômica, por ele mesmo criada, que vem afetando a todos.
Juros proibitivos, inflação alta, crédito caro, tarifas públicas abusivas, desindustrialização e desemprego, entre outros fatores, são, definitivamente, os grandes culpados pela crise. E tudo isto só existe em função da política econômica equivocada adotada – e teimosamente mantida – pelo governo, de curvar-se aos especuladores.
Para que a economia volte a crescer o governo tem de mudar sua forma de atuar, fomentar a produção e o consumo, manter a saúde financeira da indústria, proteger os empregos e incentivar os investimentos, entre outras ações. Por enquanto, está faltando um timoneiro no ‘Barco Brasil’.”
Miguel Torres
presidente da CNTM e Força Sindical