“Há tempos vimos falando sobre os malefícios que os juros altos, a inflação, impostos, tarifas, o crédito caro, a desindustrialização e o desemprego vêm trazendo para o agravamento da crise econômica que atravessamos.
E, agora, mais um empecilho surge para penalizar os trabalhadores. E pior: vem para prejudicar aqueles que perderam seus empregos, justamente no momento em que mais precisam de dinheiro.
Tudo porque, com o aumento vigoroso do número de desempregados, cada trabalhador nesta situação tem de esperar até três longos meses para homologar sua rescisão contratual, sem o que fica impedido de sacar sua verba rescisória e de obter a documentação para o acesso a benefícios como o seguro-desemprego e o FGTS. Antes, tudo era feito em 15 ou 20 dias.
O Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi, por exemplo, realizou, de janeiro a julho, mais de 18 mil rescisões, o equivalente a 260% a mais do que as realizadas no mesmo período de 2014. Um reflexo direto do aumento das demissões.
Insistimos: precisamos, com urgência, de uma política econômica eficaz, planejamento, investimentos e incentivos que impulsionem o desenvolvimento industrial. E também que se reduza a taxa de juros, que se contenha a inflação e que se barateie o crédito, entre outras medidas. Se não…”
Miguel Torres
presidente da CNTM e Força Sindical