BRASÍLIA – O emprego formal deve registrar queda acentuada em dezembro. Em novembro de 2008, o país perdeu 40,8 mil postos de trabalho no País, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho. Na semana passada, o ministro Carlos Lupi revelou que os dados de dezembro devem indicar uma perda de 600 mil empregos.
Caso a previsão do ministro se confirme, o Brasil deverá fechar os dados de 2008 com o acréscimo de 1,5 milhão de empregos. Nos anos anteriores, a redução média de postos de trabalho no último mês do ano ficou na casa de 300 mil. Lupi foi procurado ontem para comentar os indicadores, mas não retornou os pedidos de entrevista feitos pela reportagem.
Antes da crise internacional, o Ministério do Trabalho esperava ultrapassar os 2 milhões de empregos em 2008. No entanto, o Caged registrou desaceleração nas contratações em outubro, quando houve o acréscimo de apenas 61 mil vagas. Em novembro, houve o primeiro recuou desde 2002. Com isso, de janeiro a novembro, foram criados 2,1 milhões de novos postos de trabalho.
Na última semana de dezembro, Lupi revelou que esperava fechar 2008 com 1,85 milhão de novos empregos. Na semana passada, ao admitir a possibilidade de queda de 600 mil vagas em dezembro, o ministro acabou refazendo a projeção para 1,5 milhão. Até novembro de 2008, o setor de serviços foi o líder em contratações, com 765 mil novos postos de trabalho. Em segundo lugar, a indústria de transformação, com 451 mil vagas. Depois, aparecem o comércio, com 397 mil postos, e a construção civil, com 280 mil.
(Valor Econômico)