Levantamento do DIAP publicado nessa semana revela um fato alarmante que a imensa maioria dos trabalhadores ainda não se deu conta. Enquanto todos estão hipnotizados pela confusão política cada vez maior, dezenas de leis cortando direitos estão sendo aprovadas. São nada mais que 40 projetos, acabando com absolutamente todos os direitos trabalhistas. Enquanto criam uma mega cortina de fumaça jogando lenha na crise política, patrões estão fazendo a festa no Congresso Nacional. Sorrateiramente, na surdina, sem que ninguém se dê conta.
O apoio ferrenho da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) e outras instituições patronais alimentando a crise política diz muita coisa. Não pense o trabalhador que eles querem mudança por patriotismo ou amor ao país. Esses certamente é o sentimento do trabalhador que está indo para as ruas. Já em relação ao patronal, a história é outra: é oportunismo! Estão se aproveitando da instabilidade política e da fragilidade da economia para atender seus próprios interesses, abrindo caminho para cortar direitos, diminuir salários e benefícios, precarizar as relações trabalhistas e assim aumentar seus privilégios.Então, vão continuar botando mais lenha na fogueira até atingirem seus objetivos.
A ofensiva da direita é pesada e mira para todo lado. A conversa mole propagada pela grande mídia, também ela de rabo preso com o capital, de que os direitos trabalhistas são um entrave para sairmos da crise não passa de balela para enganar o trabalhador. Acreditar nisso é o mesmo que deixar a raposa tomando conta do galinheiro.
É preciso reagir a todos esses ataques. O movimento sindical e os trabalhadores não podem ficar marcando toca, esperando ver o que vai acontecer. Todos os direitos que temos hoje foram conquistados na base da luta, indo pra rua com protestos e mobilizações. Essa sempre foi a nossa formula e o que sempre garantiu as nossas conquistas. Agora não é diferente: Ou nos unimos para barrar essa armadilha que estão armando no Congresso contra a gente ou vamos comer o pão que o diabo amassou na mão do patrão.
É hora da reação! Vamos pra luta!
Sérgio Butka, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba