Por José Pereira dos Santos
O ex-presidente Fernando Henrique disse que era fácil governar o Brasil. Errado!
Nunca será fácil governar um país continental, com tantos problemas políticos e desigualdades sociais.
Felizmente, a presidente Dilma Rousseff parece discordar de FHC e tem governado o Brasil consciente da nossa importância no mundo, mas também levando em conta os reais problemas internos.
Essa posição madura da presidente tem gerado medidas e providências que eu gostaria de destacar:
1 – Ética – Dilma não compactua com malfeitos. E tem se livrado de ministros e auxiliares problemáticos;
2 – Economia – Duas medidas importantes: a redução da taxa de juros (Selic) e o aumento do IPI nos carros importados (para defender a produção nacional);
3 – O incentivo ao microempreendedor individual, que já tirou 1,3 milhão da informalidade;
4 – O lançamento do Pronatec, um grande programa nacional de formação técnica e profissionalizante;
5 – A expansão do programa nacional de microcrédito (Crescer), para empreendedores informais e microempresas;
6 – A manutenção do acordo para o aumento do salário mínimo, somando aumento do PIB e inflação;
7 – A extensão dos benefícios fiscais do Supersimples para mais empresas (elevando o teto de faturamento);
8 – O aumento no valor do Bolsa Família e a concessão de R$ 32,00 para gestantes e mães (pobres) que estão amamentando;
9 – Lançamento do Plano Brasil Maior, que desonera a folha de setores com mão de obra intensiva a segmentos que sofrem concorrência predatória de importados;
10 – Apoio à criação da Comissão da Verdade, para apurar crimes na ditadura (torturas, assassinatos e outros abusos por agentes do Estado).
Postura – No âmbito interno, Dilma tem adotado a postura de estadista, ou seja, governa visando ao interesse geral, acima das pendências partidárias. No plano externo, ela tem valorizado o Brasil. Em recente discurso na ONU, defendeu uma projeção maior do nosso País no Conselho de Segurança das Nações Unidas, pediu a criação do Estado Palestino e criticou a arrogância dos países ricos, que tentam empurrar a fatura da crise para os pobres e emergentes.
Tenho encontrado muita gente que não votou em Dilma, mas aprova sua conduta. Eu, que a conheço desde seus tempos de PDT, também faço uma avaliação positiva. E, como seu admirador, também me sinto no direito de apontar falhas. E uma das falhas tem sido na saúde pública, que precisa, urgentemente, de ações mais firmes e de gestão mais eficiente.