Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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Operários que permaneceram em Jirau apontam situação precária

Empregados reclamam de falta de transporte e comunicação

RODRIGO VARGAS
ENVIADO ESPECIAL A PORTO VELHO

Dois mil funcionários da Camargo Corrêa que permanecem no canteiro de obras da usina hidrelétrica de Jirau após o tumulto na semana passada dizem que falta estrutura adequada no local.
Até sábado, cerca de 8.000 trabalhadores já tinham sido encaminhados pela construtora a seus Estados de origem. Os 2.000 restantes no canteiro de obras são operários que ficam na margem esquerda do rio Madeira, no local onde está sendo construída a Casa de Força 2. Ali o acesso é feito só por barco.
Os trabalhadores relataram acúmulo de lixo e alguns se dizem “ilhados”, sem contato com familiares. Esses aguardam transporte até Jaci-Paraná, a 50 km da usina.
O consórcio responsável pela usina disse que a impossibilidade de deslocamento na margem esquerda só ocorreu na quinta-feira.
Também afirmou que já foi retomada a coleta de lixo e que os que quiserem voltar a seus Estados serão encaminhados e terão seus direitos trabalhistas garantidos.
A construção de Jirau está paralisada desde a semana passada, quando uma revolta de trabalhadores destruiu alojamentos e escritórios.
No sábado, a Justiça do Trabalho obrigou o consórcio a garantir, entre outras ações, vínculo empregatício e pagamento regular de salários durante a paralisação.
A construtora disse que já vinha cumprindo a decisão.