DA REPORTAGEM LOCAL
Trabalhadores da construção civil fizeram ontem paralisações de advertência em obras da capital paulista para pedir aumento real de 5,5%, além de perdas da inflação dos últimos 12 meses. A categoria ameaça greve por tempo indeterminado em maio, caso o setor não ofereça aumento até o dia 11.
As paralisações ocorreram ontem entre as 5h e as 12h e tiveram a adesão de 80% dos operários de 9.000 canteiros da cidade, segundo o Sintracon-SP (sindicato dos trabalhadores). Cerca de 20 mil fizeram manifestação na zona sul de São Paulo, segundo Antonio de Sousa Ramalho, presidente do sindicato.
Para os representantes da indústria, os números dos sindicalistas estão “superestimados”. O SindusCon-SP (sindicato da indústria) informou que o trabalho foi “normal” em “praticamente todas” as obras da cidade.
“A manifestação foi totalmente fora de hora porque não interrompemos as negociações. Apesar de o setor ter contratado neste ano, as admissões foram em patamares inferiores às de 2008, cuja média era de 35 mil contratações por mês”, diz Haruo Ishikawa, vice-presidente de Relações Capital-Trabalho do SindusCon-SP. (CR)