Valor Econômico
Depois de meses de protestos (foto), os trabalhadores da indústria do vestuário em Bangladesh conseguiram convencer o governo a aumentar o salário mínimo. O reajuste foi de quase 80%, elevando o valor para o equivalente a US$ 45 por mês, anunciou ontem o ministro do Trabalho. Sindicalistas queriam US$ 73. O último reajuste havia sido concedido em 2006.
Segundo a Confederação Internacional Sindical, baseada em Viena, em nenhum outro país do mundo a mão de obra do setor é tão mal paga quanto em Bangladesh. O aumento foi negociado com os empresários. A maior parte das peças de roupas produzidas no país é exportada para os EUA e a Europa.
O setor rende a Bangladesh US$ 12 bilhões ao ano – ou cerca de 80% de toda a receita com exportações do país. Empresas de vestuário empregam 2 milhões de trabalhadores, principalmente mulheres. Wal-Mart, Tesco, H&M, Zara, Carrefour, Gap, Metro, JCPenney, Marks & Spencer, Kohl´s, Levi Strauss e Tommy Hilfiger são algumas das grandes marcas que importam roupas do país.