“Ensina um velho ditado que o caminho se faz ao caminhar. Ainda que essa caminhada seja longa, e incerta, é preciso dar sempre o primeiro passo.
A caminhada de resistência às maldades da reforma Trabalhista tem tudo pra ser longa, exaustiva e de desfecho incerto. A experiência, no entanto, mostra que a resistência traz sempre algum resultado concreto.
O primeiro passo efetivo nessa caminhada foi dado pela categoria metalúrgica, com um forte protesto, dia 14, em 10 Estados brasileiros. Em Guarulhos, fizemos atos em cinco fábricas, mobilizando mais de dois mil trabalhadores.
Essa luta é dirigida pelo movimento ‘Brasil Metalúrgico’, que reúne Sindicatos, Federações, Confederações e diversas Centrais. A liderança do movimento tem sido do companheiro Miguel Torres, que preside nossa Confederação – CNTM/Força Sindical. Miguel tem sido um valente comandante dessa causa justa, cujo slogan é: A luta faz a lei.
Ontem (19), diversos dirigentes metalúrgicos, de diferentes entidades, se reuniram em São Paulo para: 1) Avaliar os atos do dia 14; 2) Preparar plenária nacional metalúrgica. A avaliação dos atos nos 10 Estados foi positiva. E a plenária está decidida que será dia 29 próximo, no CMTC Clube, em São Paulo. Os companheiros também decidiram fazer da plenária um grande ato de apoio e reforço às campanhas salariais do segundo semestre.
GUARULHOS – Em nossa base, o Sindicato pôs em votação dia 14 e os metalúrgicos decidiram: não será aceito qualquer acordo em empresa que não tenha tido a presença sindical durante a negociação. Da nossa parte, ele será considerado nulo. Empresa que, eventualmente, tentar impor esse tipo de acordo goela abaixo será denunciada e sofrerá paralisação.
Digo e repito que o grau de desenvolvimento de um País se mede, em muito, pela forma com que empresários e governantes tratam os trabalhadores. Estamos numa fase ruim, em que a classe dominante optou pela selvageria e tenta impor, na marra, as suas regras. Mas isso não será aceito.
Os metalúrgicos deram o primeiro passo na caminhada da resistência. Estou certo de que esse caminho, em muito breve, estará ocupado por trabalhadores de outras categorias profissionais. O trabalhador brasileiro é tolerante, maleável e é sempre predisposto a negociar. Mas uma coisa é certa: nenhum homem ou mulher, do campo ou da cidade, aceitará imposições e humilhações”.
José Pereira dos Santos
Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Regiãoe secretário nacional de Formação Sindical da Força Sindical
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