“Ontem a GM – General Motors, gigante do setor de automóveis no mundo, pediu concordata. Mesmo após injeção de bilhões do governo, a empresa não resistiu à uma dívida aproximada de 27 bilhões de dólares.
Como expôs uma matéria do jornal Financial Times, “se você disse a um americano 50 anos atrás que mais carros seriam vendidos na ´China Vermelha´ do que nos EUA e que a GM quebraria e seria salva por dinheiro do governo em boa parte emprestado de Pequim, ele questionaria sua sanidade”.
A quebra da GM lança um grande desafio para o movimento sindical, pois nos faz repensar as teorias sobre os atuais modelos de produção do Capital. Como já foi dito, o Capital é plástico, está em constante evolução, mas, para os dirigentes sindicais fica a questão: qual o futuro dos trabalhadores diante desse novo modelo de trabalho que se projeta, principalmente em tempos de crise mundial?
Pensando nisso, a Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo está realizando vários debates com setores patronais para encontrar medidas para atenuar a crise e, ao mesmo tempo, promover ações conjuntas para o desenvolvimento da indústria”.
Cláudio Magrão é presidente da Federação dos Trabalhadores Metalúrgicos do Estado de São Paulo.