Os partidos vivem uma fase difícil, aqui e em quase todo o mundo. Na verdade, os partidos vivem um momento de transição entre o sistema atual corroído e uma nova forma política, que todo mundo apoia, mas ninguém sabe direito como deve ser.
De todo modo, a crise no sistema partidário nos impõe desafios. Penso que nossa primeira tarefa é evitar criminalizar a política. Ao contrário. Temos de mostrar que a crise atual decorre em muito do enfraquecimento da política, do descrédito partidário e da falta de renovação das lideranças.
Outro problema grave dos partidos é a ausência de programas. Sem um programa que guie as direções e oriente as bases, o partido vira um ajuntamento e um arranjo para fins meramente eleitorais. Ou seja, vira balcão de negócios.
Mas não basta apenas um programa do partido. As organizações políticas precisam demonstrar compromisso com a coletividade e o futuro do País. Portanto, têm o dever de construir um projeto nacional e discutir com a sociedade as formas de colocar em prática as diretrizes partidárias e programáticas.
Digo tudo isso porque, no último sábado (1º), eu e um grupo de trabalhistas nos filiamos ao PPL – Partido Pátria Livre. Fizemos essa opção por entender que a agremiação tem clareza sobre o papel histórico do trabalhismo e a importância de se colocar no centro da estratégia política a defesa do interesse nacional.
Ao lado de João Vicente Goulart, dona Maria Teresa Goulart, Vivaldo Barbosa e outras importantes figuras nacionalistas, reafirmei meu compromisso com um projeto de desenvolvimento nacional, a nossa soberania e a justa distribuição de renda. Sob inspiração do presidente Jango, reafirmamos ali o compromisso de resgatar as reformas de base, derrotadas em 1964 por um golpe de Estado do grande capital.
Desde menino, sempre gostei da política. Ainda na clandestinidade, militei no Partido Comunista Brasileiro, o Partidão. O último partido ao qual me liguei foi o PDT, fundado pelo saudoso Leonel Brizola. Ao longo de minha vida, sempre procurei atuar em partidos progressistas, comprometidos com as liberdades democráticas e a justiça social.
Agora, no PPL, espero debater política, estimular a participação político-partidária e valorizar os princípios democráticos. Mas espero, acima de tudo, ajudar a construir projetos úteis aos trabalhadores e voltados ao interesse maior da Nação brasileira.
José Pereira dos Santos
Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região e secretário nacional de Formação Sindical da Força Sindical
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