Em outubro, o preço dos gêneros alimentícios essenciais aumentou em nove das 17 capitais onde o DIEESE – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos – realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica. As maiores altas foram verificadas em cidades do Norte e Nordeste, com destaque para Recife (4,49%), Manaus (3,61%) e Fortaleza (2,54%). Entre as sete localidades onde houve recuo, as quedas mais expressivas foram apuradas em: Florianópolis (-9,04%), Brasilia (-3,66%) e Vitória (-2,29%).
Depois de três meses, São Paulo voltou a apresentar o maior valor para a cesta básica, com os produtos de primeira necessidade custando R$ 311,55. Porto Alegre apresentou o segundo maior valor (R$ 305,72) e Manaus (R$ 298,22), o terceiro. As cestas com os menores custos médios foram encontradas em Aracaju (R$ 206,03), Salvador (R$ 223,00) e João Pessoa (R$ 232,97).
Com base no custo apurado em São Paulo e levando em consideração o preceito constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para a manutenção de um trabalhador e a família dele, suprindo gastos com alimentação, moradia, educação, vestuário, saúde, transportes, higiene, lazer e previdência social, o DIEESE estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário.
Em outubro, o menor valor pago a um trabalhador deveria ser de R$ 2.617,33, ou seja, 4,21 vezes o piso vigente de R$ 622,00. Em setembro, o salário mínimo necessário era bastante semelhante ao atual, equivalendo a R$ 2.616,41 (4,21 vezes o salário base). Em outubro de 2011, o salário mínimo necessário era de R$ 2.329,94, ou 4,28 vezes o valor mínimo em vigor na época, R$ 545,00.
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