Monica Ciarelli, RIO
A mineradora Vale começa julho com uma nova leva de demissões, a terceira desde o agravamento da crise mundial, em setembro do ano passado. Segundo a empresa, o corte será de 200 a 300 trabalhadores. Já sindicalistas alegam que esse número pode dobrar. “Eles informaram que o plano é cortar em cerca de 1,5% o número de trabalhadores no Brasil no curto prazo”, afirmou o presidente do Sindicato dos Ferroviários de Belo Horizonte, David Eliude Silva.
Ontem, representantes da mineradora estiveram reunidos com sindicatos para discutir o tema e nova reunião será realizada hoje. Desde novembro, a Vale já demitiu 1,6 mil funcionários para se ajustar a forte queda na demanda mundial por minério de ferro e metais.
O presidente do Sindicato Metabase de Belo Horizonte, Sebastião Alves de Oliveira, também se mostrou frustrado com o anúncio dos novos cortes. “Eles informaram que por conta da crise, a Vale não tinha como segurar essas pessoas. A Vale disse que esse é o fundo do poço e que não deve haver outra leva de demissões”, revelou.
A assessoria da Vale informou que as demissões previstas fazem parte de turn over natural de uma empresa do porte da mineradora, que tem 62 mil trabalhadores em sua folha de pagamentos, sendo 46,6 mil no Brasil.