25 set 2009
Notícias
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Novas ações poderão ser compradas com FGTS, diz diretor da Petrobras
Paulo Muzzolon e Folha de S. Paulo
O diretor da Petrobras Almir Barbassa afirma acreditar que o governo irá permitir que os trabalhadores que compraram as ações da estatal por meio de um fundo de investimento com a grana do FGTS, em 2000, possam adquirir novos papéis utilizando novamente os recursos do FGTS. Cerca de 312 mil trabalhadores compraram ações com a grana do fundo em 2000.
O Ministério de Minas e Energia diz que esse investidor poderá comprar os novos papéis com prioridade –quando a estatal deverá vender mais ações para o investimento no petróleo do pré-sal. Mas ele terá de usar recursos próprios e não os do FGTS para adquirir mais ações, segundo o ministério. Assim, quem já é acionista da empresa poderá comprar novos papéis dias antes dos demais investidores, que ainda não são acionistas da empresa.
De 2000 a 4 de setembro deste ano, o fundo de investimento rendeu 791%. Nesse mesmo período, a grana que ficou no FGTS rendeu apenas 59,75%, segundo a ONG FGTS Fácil. Pelas regras do mercado acionário, sempre que uma empresa vende novas ações, quem já é investidor tem prioridade na compra desses papéis. Isso ocorre para o acionista não ver a sua cota de participação na empresa diminuir.
Se essa participação cai, o acionista perde na divisão anual de lucros, já que ele terá um número menor de ações em relação ao total de papéis vendidos. Porém, se muitos acionistas reservarem os novos papéis, a quantia disponível será dividida entre eles.
Por ser um negócio arriscado, o investidor deverá ter cautela na hora de comprar ações. “É um investimento de alto risco, o governo precisa colocar bastante dinheiro no pré-sal. O resultado só virá a longo prazo, em uns 15 anos”, diz Paulo Portinho, do Instituto Nacional de Investidores.
Setor de máquinas apura resultado 18% maior
Guilherme Manechini, de São Paulo
Depois de recuar cerca de 10% em julho, o faturamento da indústria nacional de máquinas e equipamentos voltou a registrar alta em agosto. O segmento apresentou resultado 18% maior na comparação com o mês anterior, totalizando R$ 6 bilhões. Para este mês, a perspectiva da Abimaq (entidade que reúne os fabricantes) é de uma alta ainda mais consistente, já que o resultado de agosto ainda não refletiu os negócios realizados sob as novas condições de financiamento oferecidas pelo BNDES.
“Nossa expectativa é muito otimista para os próximos meses”, afirmou ontem Carlos Pastoriza, secretário-geral da Abimaq, durante a divulgação dos resultados na sede da entidade, em São Paulo.
O dirigente destacou ainda que, pela primeira vez desde outubro do ano passado, o nível de emprego do setor apresentou crescimento. Em agosto, o número de empregados chegou a 231,1 mil, o que significa uma ligeira alta de 0,4% na comparação com o mês anterior. Nesse intervalo, no entanto, o segmento demitiu quase 20 mil funcionários em todo o país.
A ansiedade dos fabricantes para os resultados dos próximos meses ocorre por conta dos incentivos dados pelo governo federal, principalmente por meio das novas taxas de juros praticadas pelo BNDES nas linhas do Finame. De acordo com a entidade, o BNDES dispõe de aproximadamente R$ 12 bilhões para financiar máquinas e equipamentos até o fim de dezembro. Depois, a princípio, as taxas retornarão aos patamares anteriores.
“A Abimaq está fazendo um esforço enorme para divulgar as condições. Acreditamos que mesmo que o empresário não esteja seguro para investir, pode antecipar sua decisão de compra de olho em uma produtividade maior”, explicou Pastoriza.
Atualmente, a grande queixa dos fabricantes, segundo ele, é a perda de competitividade causada pela valorização do real frente ao dólar. Nas contas da associação, o percentual de participação dos equipamentos importados no país avançou 7% neste ano e está em 43%. O cálculo é baseado no consumo aparente, que desconta as exportações e acrescenta as importações. De janeiro a agosto, o indicador está em baixa de 9,45%, enquanto que o faturamento está negativo em 22,4%.
Para o dirigente da Abimaq, a única solução de curto prazo é a queda da taxa básica de juros, o que reduziria o apetite de investidores estrangeiros por aplicações financeiras no Brasil.
Até agosto, o faturamento dos fabricantes de bens de capital ficou em R$ 40,4 bilhões. Em igual período do ano passado este valor era de R$ 49,9 bilhões. A previsão da Abimaq é de encerrar o ano com uma queda entre 13% e 15%, o que reforça a perspectiva de crescimento das vendas entre setembro e dezembro.
A carteira de pedidos fechou o mês praticamente estável, passando de 19,7 semanas em julho para 19,6 semanas no fim de agosto. Na comparação com o mesmo mês de 2008, o número de semanas para a entrega de um equipamento registrou leve alta, de 1,6%. A utilização da capacidade instalada fechou o mês passado em 81,5%, estável em relação ao mês anterior.
País fica em 12º em ranking de desempenho econômico
Da AE
A resistência da economia brasileira aos efeitos da crise financeira global foi uma das maiores em ranking de 43 países organizado pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). Segundo o estudo, o Brasil ficou em 12º lugar, à frente de economias mais desenvolvidas, como Reino Unido, Estados Unidos, França e Alemanha, e também de países emergentes, como Chile, Argentina, México e Rússia.
O ranking analisou 21 variáveis conjunturais e comparou o desempenho de indicadores como nível de atividade e mercado de trabalho no primeiro trimestre deste ano, período de recessão, com os três primeiros meses de 2008. “O Brasil fez bom trabalho”, analisou o diretor do Departamento de Competitividade e Tecnologia da Fiesp, José Ricardo Roriz Coelho.
Enquanto o PIB (Produto Interno Bruto) per capita dos 43 países do ranking recuou em média 1,6% no primeiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado, o índice aumentou 0,3% no Brasil. A parcela do crédito para o setor privado na composição do PIB diminuiu 4,6 ponto porcentuais na média dos 43 países. No Brasil, aumentou 6,5 pontos porcentuais. O investimento estrangeiro direto em relação ao PIB caiu 2,5 pontos porcentuais na média, mas no País a queda foi de 0,2 ponto. E o desemprego cresceu 1,7% no Brasil, enquanto a média mundial foi de 23,1%.
De zero a cem, o Brasil recebeu nota 48 e foi enquadrado no grupo dos países de resistência de média a alta. O ranking foi liderado pela China, que apresentou a mais alta resistência e nota 100. A Rússia foi a última do ranking dos 43 países e teve nota 0. Segundo Roriz, os principais destaques positivos no Brasil para o combate à crise foram a redução do compulsório e da taxa básica de juros, a Selic, hoje em 8,75% ao ano.
COMPETITIVIDADE – A Fiesp divulgou também o IC-Fiesp (Índice de Competitividade) das nações pesquisadas. O indicador é calculado desde 1997 e compara 83 variáveis econômicas e sociais de 43 países que representam quase 90% do PIB mundial.
Nesse ranking, o Brasil ficou em 37.º lugar, com nível de competitividade avaliado como baixo, à frente apenas da África do Sul, Colômbia, Filipinas, Turquia, Índia e Indonésia. O líder de competitividade são os EUA.
Fim da isenção do IPI deve amortecer consumo
Agência Brasil
BRASÍLIA – A retirada de estímulos tributários (isenção do IPI em automóveis e eletrodomésticos, principalmente) deve funcionar como um amortecedor ao consumo, que vem sendo beneficiado pela melhora das condições de crédito e por sinais positivos do mercado de trabalho.
A avaliação consta do Relatório Trimestral de Inflação, divulgado nesta sexta-feira (25) pelo Banco Central (BC). No relatório, o BC destaca que a expansão do crédito tem sido liderada pelos bancos públicos.
“É possível que iniciativas por parte dos bancos privados no sentido de recuperar suas respectivas fatias de mercado levem a crescimento mais intenso do crédito, com desdobramentos positivos sobre o consumo das famílias e, em linhas gerais, sobre a atividade econômica”, informa o relatório.
De acordo com o BC, o consumo é um dos dos fatores que sustentam as perspectivas de continuidade da recuperação da economia. Outro elemento é o fato de, diferentemente de outros períodos de crise, não ter ocorrido ruptura no balanço de pagamentos (as transações comerciais e financeiras do Brasil com o exterior), nem crise financeira do setor público, alta da inflação ou desconfiança de mudança na política econômica.
O terceiro aspecto é que “as ações de política monetária [definição da taxa Selic] – sem prejuízo do compromisso com as metas para a inflação – e os estímulos fiscais – sem por em risco a sustentabilidade da relação dívida/PIB – ainda contribuirão para o processo de retomada da atividade econômica”.
Entretanto, o BC ressalta que “existem incertezas sobre o comportamento dos investimentos, pois, apesar da melhoria do clima de confiança, os níveis de utilização da capacidade instalada ainda se encontram baixos, embora em movimento ascendente”.
Além disso, “o comportamento das exportações dependerá diretamente do ritmo de recuperação da economia mundial, embora o maior dinamismo das economias emergentes esteja desempenhando um papel importante”.
No relatório, o BC manteve a projeção de crescimento do PIB em 0,8% neste ano. A confirmação ocorreu depois de o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informar, no dia 11 deste mês, que o PIB cresceu 1,9 % no segundo trimestre do ano na comparação com o trimestre anterior. Em relação ao segundo trimestre de 2008, houve queda de 1,2%.
Segundo o relatório do BC, o PIB registrou taxa de crescimento “significativa, na margem”, no segundo trimestre do ano. Esse crescimento, segundo o BC, ratificou as perspectivas de recuperação do nível de atividade sinalizadas no relatório anterior, divulgado em junho.
Para o BC, essa “trajetória reflete a flexibilização da política monetária e os incentivos fiscais direcionados a segmentos importantes na cadeia produtiva”. No relatório, o BC informa que há a expectativa de que, ao menos em parte, esses estímulos fiscais sejam retirados a partir do segundo semestre de 2010.
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