Repudiamos veemente a morte do jovem congolês Moïse Kabamgabe, 24 anos, na última semana, no Rio de Janeiro. Testemunhas disseram que Moïse foi brutalmente espancado com pedaços de madeira e encontrado já morto amarrado em uma escada.
As agressões teriam começado depois que o jovem, que trabalhava como atendente num quiosque no posto 8 da Barra da Tijuca, na zona Oeste do Rio, ter cobrado o responsável pelo quiosque pelos dois dias de serviço que ainda não haviam sido pagos. Cinco homens teriam participado das agressões.
A morte de Moïse é, infelizmente, a repetição de violência sofrida pela população preta, por pessoas de baixa renda e por trabalhadores que estão à mercê do trabalho precário nesse país dito, para ficar bonito na legislação, como trabalho temporário.
Manifestamos nosso apoio à família da vítima, Moïse Kabamgabe, e reforçamos o compromisso da Força Sindical em manter sua atuação, prezando sempre pela vida, pela segurança e pela dignidade de todos os trabalhadores e trabalhadoras.
Exigimos que este ato brutal tenha uma apuração rigorosa e os responsáveis pelo crime sejam punidos no rigor da lei.
Miguel Torres, presidente da Força Sindical, da CNTM e do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes
Maria Rosângela Lopes, presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Vale do Sapucaí-MG (SINDVAS), Secretária de Assuntos Raciais da Força Sindical e
secretária de Relações Públicas da CNTM
Carlos Fidalgo, presidente da Força Sindical RJ