“O PIB (Produto Interno Bruto) anunciado hoje pelo governo é consequência das políticas erráticas que a equipe econômica vem adotando nos últimos tempos.
É um PIB sem muscultura e que mostra uma economia com anemia. Isso é resultado de manter uma política com juros altos, que dificulta o crescimento da economia e estrangula o setor produtivo.
Os 2,3% do PIB – embora melhor do que o PIB de 2012 – estão abaixo das médias registradas nas décadas de 1991 a 2000 (2,54%) e de 2001 a 2010 (3,61%).
Com este pibinho, o País não consegue crescimento sustentado que absorva a mão de obra que entra no mercado de trabalho todos os anos. A chamada formação bruta de capital fixo, um nome sofisticado que indica o investimento na produção e a consistência do PIB, foi de 18,4%, bem abaixo dos 25% do PIB, taxa ideal para que a economia tenha dinamismo.
Mas vale lembrar um aspecto importante: o consumo das famílias cresceu 2,3% com a contribuição da elevação da massa salarial, o que reforça a estratégia desenvolvida pelos trabalhadores: a de manter a luta por aumento real. Justamente uma política muito criticada por vários setores da economia.
Miguel Torres
Presidente da Força Sindical
Presidente da CNTM