Consideramos alentador o resultado do PIB (Produto Interno Bruto), divulgado hoje pelo IBGE. O crescimento de 7,5% em 2010 irá beneficiar as negociações salariais, que envolvem milhões de trabalhadores, neste semestre, e poderá fomentar um ciclo virtuoso na economia, com o aumento do consumo, da produção e do emprego.
O crescimento, ressaltamos, trará um reajuste substancial no salário mínimo do ano quem vem, conforme o acordo fechado entre as Centrais Sindicais e o governo.
O PIB poderia ser maior se as taxas de juros estivessem menores. O governo precisa entender que juros em patamares estratosféricos funcionam como uma trava para o setor produtivo. Infelizmente, os tecnocratas do governo insistem em se curvar ao capital especulativo. Somente no início deste governo tivemos duas altas consecutivas da taxa básica de juros.
Vale lembrar que este PIB vigoroso é consequência das medidas anticíclicas adotadas pelo governo, após negociação com as Centrais, que estimularam o consumo durante as incertezas econômicas em anos anteriores. Entre as medidas destacam-se o reajuste do salário mínimo – conquistado pelas Centrais Sindicais –, a redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e a ampliação das parcelas do seguro-desemprego. Isto fica evidente nos dados que informam que o PIB foi embalado pelo setor de serviços e pela recuperação da indústria, setores favorecidos diretamente pelas medidas citadas.
Os trabalhadores anseiam que o governo estimule o crescimento da economia este ano diminuindo as exorbitantes taxas de juros, aumentando o investimento em infraestrutura e no social. O crescimento deve ser compartilhado com todos por meio de medidas que promovam a distribuição de renda e a diminuição das desigualdades sociais existentes no País.
Por Paulo Pereira da Silva (Paulinho)
Presidente da Força Sindical
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