Força Sindical se solidariza com as famílias e a comunidade do Realengo
e exige rígido combate ao tráfico, comércio e porte de ilegal de armas de fogo
O massacre de ontem (7 de abril) , no Realengo, Rio de Janeiro, perpetrado por um jovem aparentemente desajustado que assassinou friamente 12 adolescentes e deixou feridos outros tantos, alguns hospitalizados em estado grave, chocou o país e adicionou à nossa larga história de violências mais uma modalidade só conhecida em países desenvolvidos, lembrando os casos similares dos EUA, da Alemanha e Finlândia.
Antes de tudo, a Força Sindical solidariza-se com as famílias das vítimas e com a comunidade do Realengo, ciente que a dor e as recordações deste triste dia perdurarão por muito tempo entre os que perderam entes queridos e por todos os que, direta ou indiretamente envolvidos, terão que enfrentar os traumas de uma experiência abominável. Desde já exigimos das autoridades públicas a adoção de medidas de reforço na segurança das escolas públicas e de provimento de apoio psicológico a todos os necessitados.
Por outro lado, destacamos a necessidade de que o Estado brasileiro e as forças de segurança, em seus diferentes níveis, retomem com vigor as medidas visando fazer valer os ditames do Estatuto do Desarmamento e a vontade de mais de 59 milhões de brasileiros que, em referendo realizado no ano de 2005, expressaram seu repúdio ao comércio e uso de armas de fogo por civis.
O combate sem trégua ao contrabando e ao comércio ilegal de armas de fogo, a intensificação das campanhas pela entrega e destruição de armas em poder dos cidadãos e a realização cotidiana de ações das polícias para coibir o porte ilegal são fundamentais ao combate à criminalidade em geral e eventos como o ocorrido em Realengo no dia de ontem. Ressaltamos também a importância de maior interação entre as escolas com as comunidades.
Esta integração deve trabalhar no sentido de atender as aspirações populares, seus problemas e o encaminhamento de soluções viáveis, consolidando uma estreita e importante relação e construindo uma vivência participativa e produtiva entre escola e comunidade da localidade em que se situa.
Por Paulo Pereira da Silva (Paulinho)
Presidente da Força Sindical
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