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As vendas de carros nos Estados Unidos atingiram em outubro o menor volume em cerca de 25 anos, puxadas por uma baixa de 45% da GM – e sem sinais de que o ciclo de desaceleração da indústria esteja próximo do fim. Existem dúvidas se todas as grandes montadoras vão sobreviver à crise.
As restrições ao crédito e as incertezas em relação à economia prejudicaram as vendas. Na Europa, as vendas também caíram no mês passado, com uma baixa de 40% na Espanha e de 19% na Itália.
A GM informou que, se os números forem ajustados de acordo com a população americana, o resultado de outubro foi o pior desde o fim da Segunda Guerra Mundial. As vendas da Toyota baixaram 23%, as da Ford, 29%, as da Honda, 2%, e as da Nissan, 33%. “A crise financeira gerou uma contração abrupta da atividade econômica”, disse Emily Kolinski Morris, economista da Ford. Ela acrescentou que a segunda maior montadora dos Estados Unidos não pensava que o terceiro trimestre fosse o final da crise.
A Ford informou que poderá reduzir a produção de veículos de passageiro e de utilitários nas próximas semanas, diminuindo as horas extras e suspendendo trabalhadores em algumas de suas fábricas. Segundo cifras preliminares, as vendas totais de carros e veículos comerciais leves nos EUA ficaram um pouco abaixo de 900 mil unidades em outubro, depois de cair, em setembro, abaixo de 1 milhão pela primeira vez em 15 anos.
Isso levou as concessionárias a preparar uma rodada mais agressiva de descontos em novembro e dezembro, ao mesmo tempo em que as montadoras se preparavam para acabar com estoques remanescentes de modelos de 2008, oferecendo financiamentos a taxas menores e outros incentivos.
A GM informou que iria lançar uma promoção com preços mais baixos de veículos e ofertas de devolução de dinheiro. A Toyota, que superou a GM como a maior fabricante de veículos do mundo, anunciou uma oferta de financiamento sem juros em outubro.