Patrícia Costa, técnica do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconomicos (DIEESE), expôs dados sobre a presença da mulher no mercado de trabalho, revelando que, apesar do maior nível de escolaridade, elas ainda recebem menos que os homens e estão presentes em menor número nos maiores cargos em hierarquia.
A violência contra mulher também foi abordada no encontro. “O problema hoje não é incentivar a vítima a denunciar. Mas como não existe uma capacitação no nível necessário por parte de quem deveria aplicar a Lei [Maria da Penha], torna-se preocupante”, critica a Rosmary Correa, a delegada Rose, secretária Adjunta da Casa Civil do Estado de São Paulo e presidente do Conselho Estadual da Condição Feminina (CECF).
Além disso, Silvia Pimentel, presidente do Comitê sobre a Eliminação da Discriminação contra as Mulheres da ONU (ONU –CEDAW) e professora de Direito na Pontifícia Universidade Católica (PUC) e Célia Leão, deputada Estadual (PSDB-SP), trataram do papel da mulher na sociedade e sua conquista por direitos. “Já está acontecendo, mas de uma forma muito tímida na história da humanidade”, aponta Célia.
Outra questão discutida foi o papel sindical das trabalhadoras. “Devemos perder esse medo de se assumir e dizer que estamos lutando pelos nossos direitos”, incentivou Nair Goulart, vice-presidente da Confederação Sindical Internacional (CSI )e presidente da Força Sindical da Bahia.
Por Rafael Dias
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