Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

Marcos Burghi

Os micro e pequenos empresários que quiserem faturar com a Copa do Mundo de 2014, que será realizada no Brasil, e não iniciaram o planejamento estão pelo menos seis meses atrasados. A afirmação, feita em tom de brincadeira, mas também de alerta, é de Claudinei Santos, coordenador do Núcleo de Negócios do Esporte da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM).

Santos afirma que as oportunidades podem estar por todos os setores. Ele destaca transporte de pessoal, alimentação, segurança e hotelaria como áreas que podem ser ocupadas pelo segmento. “Embora a Fifa (Federação Internacional de Futebol) trabalhe com estabelecimentos licenciados também há espaços indiretos para atuação de quem não está credenciado oficialmente”, diz.

Estudo realizado pela empresa de consultoria Ernst&Young, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas, estima que entre 2010 e o final da Copa, os investimentos em infraestrutura para modernização e construção de estádios e rede de transportes, entre outros, devem chegar a R$ 22,4 bilhões, com gastos indiretos em todos os pontos da cadeia produtiva da ordem de R$ 113 bilhões.

O estudo projeta para o período a geração de 3,6 milhões de novos postos de trabalho e incremento na renda das famílias brasileiras da ordem de R$ 63,5 bilhões. José Carlos Pinto, sócio da área de Assessoria da Ernst&Young no Brasil, afirma que micro e pequenas empresas são pontos importantes de todas as cadeias produtivas e que devem começar a se planejar desde agora para conseguir espaço.