Folha SP
Ford, Volkswagen e Fiat interrompem produção a partir desta semana
Para presidente da federação das concessionárias, estoque nas lojas está chegando “ao limite”
TATIANA RESENDE
DE SÃO PAULO
Para diminuir os elevados estoques de veículos no pátio, as montadoras vão reduzir a produção concedendo folgas coletivas aos funcionários a partir desta semana.
A parada na fábrica da Ford em Camaçari (BA) vai durar quase um mês, de 12 de setembro a 7 de outubro.
Na unidade de Taubaté (SP), serão cerca de duas semanas, com períodos diferentes de acordo com a área, englobando os trabalhadores nos segmento de transmissão e motores RoCam, fundição e motores Sigma.
Em São Bernardo (SP), também haverá escalonamento para linhas de caminhões, carros e estamparia.
Na Volkswagen, pelo menos três fábricas farão parte do esforço de equacionar oferta e demanda, mas a empresa não confirma, dizendo que “está fazendo uso de suas ferramentas de flexibilidade para ajustar o estoque”.
Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região, mais de 80% dos funcionários da Volks na cidade paulista não vão trabalhar nesta semana.
A montadora também vai interromper a produção nesta semana na fábrica em São José dos Pinhais (PR), de acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba, e em dois dias na unidade de São Bernardo do Campo (SP), segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.
Na unidade da Fiat em Betim (MG), parte dos empregados -o número exato não foi divulgado-vai emendar o final de semana com o feriado de amanhã. Ontem, os 300 funcionários da GM em São José dos Campos (SP), que tiveram férias coletivas por duas semanas, voltaram ao trabalho.
Na unidade de Gravataí (RS), a montadora suspendeu dois sábados de produção em agosto e um em setembro.
Os dados mais recentes sobre o nível de estoque no setor serão divulgados na quinta-feira pela Anfavea (associação das montadoras).
Em entrevista na semana passada, o presidente da federação das concessionárias, Sergio Reze, disse que o patamar atual nas lojas está chegando “ao limite”.