O Brasil parou nesta quinta-feira. Protestos por melhores condições de trabalho foram realizados em várias cidades do país. A manifestação, convocada pelas centrais sindicais, marcou o Dia Nacional de Luta da Classe Trabalhadora. Em Campos, 14 agências bancárias não funcionaram pela manhã.
Após o meio-dia, 11 foram abertas. Muitas lojas do Centro encerraram o expediente mais cedo. O ato foi pacífico e reuniu cerca de 500 pessoas no Calçadão, entre sindicalistas, integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e estudantes.
Após alguns discursos, eles seguiram até à BR-101 (Campos/Rio), interditando a rodovia no contorno. Surgiu um pequeno engarrafamento, mas sem incidentes. Depois eles seguiram até a prefeitura, onde terminaram o protesto.
As principais reivindicações são o fim do fator previdenciário, redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem redução de salários, aceleração da reforma agrária e aplicação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) na Educação e 10% do Orçamento para a Saúde.
Sindicalistas destacaram pauta.
João Paulo da Costa, Secretário da Região Norte/Noroeste da Força Sindical RJ e Vice-Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, disse que a pauta trabalhista “está emperrada no Congresso e gabinetes dos ministérios”, afirmou.
Pessoal da ampla aderiu
Funcionários da Ampla aderiram ao movimento, paralisando os serviços. Cerca de mil trabalhadores e terceirizados da empresa de energia elétrica protestaram pela manhã em frente à sede da empresa, na Avenida José Alves de Azevedo, seguindo depois em passeata até o sindicato. Apenas serviços de emergência foram mantidos.
Segundo o diretor sindical para terceirizados Valter Azevedo, o objetivo foi lutar para regularizar e equiparar os salários dos terceirizados que trabalham para Ampla. Fora os serviços essenciais, como religação, outros, como ligações novas e cortes, ficaram comprometidos.
A pauta nacional foi aprovada na Conferência Nacional da Classe Trabalhadora, realizada em 2010, em São Paulo, e encaminhada à então candidata à presidência da República, Dilma Rousseff. Em março deste ano, na 7ª Marcha em Brasília, as centrais sindicais reuniram cerca de 50 mil trabalhadores para cobrar as mesmas reivindicações.