Mais de 1.100 trabalhadores de cerca de 30 empresas metalúrgicas da região de Mogi das Cruzes participaram da manifestação da Campanha Salarial realizada nesta sexta-feira, 26 de setembro, pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, na Vila Industrial, em Mogi.
Foi a sexta manifestação realizada neste mês de setembro pelo Sindicato, com objetivo de mobilizar a categoria para o processo de negociação e prepará-la para uma paralisação, caso os patrões neguem a reposição integral das perdas e a concessão de aumento real de salário (acima da inflação).
“Se não tiver aumento real, iremos à greve. Estamos organizados e, a partir de outubro, vamos fazer manifestações no interior do Estado. Vamos traçar novas estratégias durante a campanha e fortalecer a unidade, porque assim seremos vitoriosos”, afirmou o presidente do Sindicato, CNTM e Força Sindical, Miguel Torres.
O presidente deixou claro que o momento é de dificuldade. “Estamos vivendo o retorno da inflação e produção em baixa. Mas para sair da crise é preciso injetar dinheiro na economia. Crise se combate com investimentos, com mais salários, porque com salário no bolso, o trabalhador compra e isso faz a economia girar”, disse.
O secretário-geral Arakém disse que a categoria metalúrgica tem uma grande responsabilidade e que esta é a oportunidade de recuperar o poder de compra dos salários. “O sucesso da campanha salarial vai depender de cada um. O resultado positivo da campanha está nas nossas mãos. Nós é que vamos decidir o tamanho do aumento salarial que teremos”, afirmou.
PAUTA
A Pauta de Reivindicações foi entregue à Fiesp e demais grupos patronais no dia 9 de setembro e o comando de negociação está aguardando a manifestação dos patrões para iniciar as negociações. A campanha é unificada com outros 52 sindicatos de metalúrgicos, filiados à Federação dos Metalúrgicos do Estado de SP/Força Sindical e envolve cerca e 750 mil trabalhadores. A data-base é 1º de novembro.
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